Projeto do semipresidencialismo limita reeleição de presidentes

A minuta do projeto para implantação do semipresidencialismo no Brasil pretende limitar a reeleição de presidentes da República a, no máximo, dois mandatos, “consecutivos ou não”. O blog Antagonista teve acesso ao documento elaborado pelo deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP) e apresentado aos líderes partidários na semana passada.

O tema, que sempre reaparece em momentos de crise política, voltou a ser discutido após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na foto, passar a defender o modelo publicamente e dizer que o assunto tem sido discutido por líderes partidários.

De acordo com o texto, o mandato do presidente da República continua em quatro anos, mas ninguém poderá exercer mais do que dois mandatos presidenciais, consecutivos ou não.

O projeto também reduz de 90 dias para 60 dias o prazo para eleição extraordinária em caso de vacância do cargo.

E, assim como o presidente, o primeiro-ministro não poderá ser responsabilizado por atos estranhos ao “período de exercício de suas atribuições constitucionais”.

Ministro-coordenador – O projeto que discute o semipresidencialismo prevê ainda um período de transição entre o modelo atual (presidencialista) e o novo. Uma das figuras que existirá nesse prazo, que não é definido no texto, é o ministro-coordenador, que será uma espécie de chanceler interino.Fica criado, enquanto vigorar o atual sistema presidencialista, o cargo de ministro-coordenador”, detalha o texto.

Essa figura de governo será escolhida pelo presidente da República que ocupar o cargo no momento da aprovação da mudança. De acordo com o texto, o escolhido deverá, “preferencialmente, ser “um membro do Congresso Nacional”.

O ministro-coordenador será o responsável pela articulação político-administrativa do Governo, competindo-lhe coordenar os Ministérios, sob a orientação do Presidente da República, e presidir reuniões ministeriais, na sua ausência”.

Será obrigação do ministro-coordenador comparecer, na última quinta-feira de cada mês, à sessão conjunta do Congresso Nacional “para apresentar relatório sobre as atividades de execução do Governo ou expor assunto de significação nacional”. (De O Antagonista).

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