Presidente eleito, posse, inflamação, cirurgia e o Brasil

(por Ruth Bolognese) – Para quem viveu o período, há 33 anos, tem algo desconfortável nessa decisão médica de adiar a cirurgia de retirada da bolsa de colostomia do presidente eleito, Jair Bolsonaro. As palavras “presidente eleito”, “posse”, “inflamação” e “cirurgia”, mesmo guardando todas as proporções e cuidados, remetem imediatamente ao drama deixado no País por Tancredo Neves.

É claro que o então presidente eleito tinha 74 anos, à época, que se recusou por dias e dias a procurar um hospital e escamoteou a dor abdominal com analgésicos comprados no balcão da farmácia. Mas repete-se, de certa forma, uma circunstância já vivida pelos brasileiros diante da expectativa de um novo governante e mais, sob o signo de uma mudança radical na política – Tancredo era o primeiro presidente civil pós Ditadura.

E o capitão Jair Bolsonaro, no mesmo cenário, só que ao contrário. É o primeiro presidente de origem militar após a redemocratização em 1985.

Jair Bolsonaro tem 63 anos, é homem saudável, foi e continua sendo acompanhado pelos melhores profissionais de saúde do país, mas continua apresentando inflamação abdominal depois do atentado em Juiz de Fora.

E mais semelhança com o passado: Bolsonaro terá que deixar a presidência para o vice, general Mourão, quando se submeter à cirurgia para a retirada da bolsa, depois da posse e em data ainda indefinida. O último vice, José Sarney, que assumiu o cargo após uma cirurgia abdominal do titular, ficou 5 anos no poder.

3 COMENTÁRIOS

  1. Êita dona Ruth que não aprendeu ainda que não se pode falar nada que possa ser considerado negativo sobre o Bolsonaro. Ainda que seja só uma constatação da verdade, os seguidores do futuro “grande guia genial dos povos” (chupa Mao Tsé Tung! Já temos o nosso!) não entenderão e vão lhe cobrir de pedradas. Sugestão: se não for pra falar bem do homem, escolhe outro assunto…pelo menos por enquanto, né? Paciência, porque pelas minhas contas esse “por enquanto” vai passar bem rápido.

  2. Permissa venia, dita noticia (sic) parece-me ter mais intenções maléficas que benéficas. Não é hora nem ocasião para desestabilizar uma nação já praticamente à deriva e afundando.
    Texto capcioso, oportunista e mal-intencionado.

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