O prefeito Rafael Greca está convocando a população para audiência pública no dia 21. Vai querer a aprovação do povo para fechar um grande negócio com a Sanepar, que consiste na prorrogação por mais 30 anos do convênio que o município mantém com a estatal do governo estadual para abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos. A renovação se dará com 13 anos de antecedência em relação ao término do atual convênio.
Não nenhuma dúvida de que será um bom negócio para a Sanepar que, ao longo de mais três décadas, terá garantido o maior cliente para os serviços que presta. Neste período, com as tarifas que cobra, a Sanepar espera arrecadar alguns bilhões, notícia que mata a sede sobretudo os acionistas privados da companhia.
Em contrapartida, a Sanepar pagará à prefeitura a pechincha de R$ 90 milhões a título de outorga da concessão, em três parcelas de R$ 30 milhões.
É preciso ver com cautela os demais termos do acordo entre o município e a Sanepar. Por exemplo: a Sanepar se obrigará a incrementar a fiscalização de modo a impedir o lançamento de dejetos que emporcalham os rios da cidade?
E continuaremos a pagar o pedagio (ou merdagio?) mais caro do mundo, que é a taxa cobrada pela Sanepar todos os meses pra manter fedorentos os rios e bueiros de Curitiba e do Paraná. Quanto à taxa da água, nada a reclamar, mas a taxa de esgoto deveria ser extinta.
Não é soh a fiscalização que precisa ser observada.
A questão da tarifa tbm, pois para viabilizar o atendimento de municípios onde o serviço não se paga, o CONSUMIDOR de Curitiba acaba tendo que custear, sendo imbuídos na sua tarifa custos q não lhe são próprios.O que contraria a lógica da concessão.O que, ao meu ver, valeria uma ação de interesse coletivo para restituição de tais valores.
Um prato cheio para o Ministério Público observar na relação consumerista.