O ex-diretor do DER Nelson Leal Jr. revolveu as entranhas da corrupção sistêmica que minava os governos de Beto Richa desde o início do primeiro mandato, em 2011, prosseguindo até mesmo depois que a Operação Lava Jato já estava em campo.
A colaboração premiada de Leal foi um dos fundamentos para que o Ministério Público Federal (MPF) apresentasse denúncia contra alguns dos principais auxiliares do governador – o chefe de Gabinete Deonilson Roldo e o amigo-sócio Jorge Atherino – e aceita pelo juiz Sergio Moro, que os tornou reus da ação penal que envolve o pagamento de propina pela construtora Odebrecht para fraudar licitação para obras de duplicação e administração da PR-323.
Em seu depoimento, Leal se refere a pelo menos duas ocasiões em que o ex-governador brigou com o irmão Pepe Richa, secretário de Infra-Estrutura e Logística, por causa de propinas. Uma das vezes foi quando exigiu que Pepe demitisse seu assessor Aldair Petry (o Neco), encarregado de recolher propinas, sob acusação de que ele não estava fazendo os repasses devidos. Numa primeira vez, Pepe resistiu à ordem do irmão, mas acabou tendo de ceder.
Outro confronto entre os irmãos Beto e Richa aconteceu quando da escolha da empreiteira que deveria ganhar a licitação da PR-323. Pepe defendia que deveria ser a construtora Bertin, de quem teria obtido a promessa de uma “contribuição” de R$ 34 milhões. Beto Richa, no entanto, queria que fosse a Odebrecht, embora sua oferta fosse de apenas R$ 15 milhões. Neste caso, seguida orientação do Deonilson Roldo, porque a Odebrecht tinha prometido colocar como parceiras do consórcio para conduzir a obra outras empreiteiras paranaenses amigas, que poderiam render mais do que a Bertin.
É camarão baiano, servido a beira mar em Caiobá, servido por duas mucamas embaixo de bela tenda branca, só o ze Maria para obsequiar o ex governador. Viva sua firma tucumã e a champanhe Francesa servida na bela Caioba.