Circula entre oficiais superiores da Polícia Militar do Paraná mensagem que reflete o clima de insatisfação quanto ao tratamento orçamentário que vem recebendo do governo do estado há três anos. É um desprestígio”, assegura o mini-manifesto:
O texto é de autoria do tenente-coronel Assunção, chefe da assessoria parlamentar da PM. Veja:
Com muito respeito, convido a uma breve reflexão aqueles que, por ignorância ou má fé, negam que a Gloriosa PMPR esteja recebendo tratamento desproporcional ao seu tamanho e importância. Sem desmerecer outras instituições (DEPEN, PC, POLÍCIA CIENTÍFICA) e sem ilações subjetivas, não se pode negar que a missão de Preservação da Ordem Pública e ações de Polícia Ostensiva confiadas às Polícias Militares são as que demandam maior logística. Por essa razão, a PMPR, sozinha, representa cerca de 60% do pessoal que compõe a Pasta. No entanto, um exame superficial da LOA, nas despesas correntes revela que, por exemplo, em 2015 a Polícia Civil foi aquinhoada com quase 16 milhões de reais, ao passo que a PMPR recebeu algo em torno de 9 milhões de reais para custeio. Em 2016 a Polícia Civil foi contemplada com quase 100 milhões de reais e a PMPR com menos de 70 milhões de reais. Neste ano, a previsão é de quase 117 milhões de reais para a Polícia Civil e cerca de 83 milhões de reais para a PMPR. Em 2017, até o momento, a co-irmã recebeu quase 10 milhões de reais para o fundo rotativo e a PMPR algo próximo de 5,5 milhões de reais. Os números, por si, indicam desproporção, mas ao comparar o tamanho e a natureza das missões, essa distorção se torna mais crítica ainda. Não questiono os valores relativos à Polícia Civil, se são suficientes ou não, mas posso afirmar que a PMPR recebe valores muito aquém da sua necessidade. O que mais dói é saber que o orçamento da SESP já era insuficiente e, além disso, permitiu-se a absorção indevida do DEPEN com todo seu alto custo e sem o proporcional aumento do orçamento. Resultado, o orçamento que já era pequeno, foi redividido e a gigantesca (em razão da missão) PMPR foi a mais atingida. Não há desprestígio?
É isso aí, até que enfim os oficiais passaram a buscar a autonomia da PMPR.
Uma vergonha o que esse secretário faz com nossa corporação e agora ainda vem com essa de tirar o Cel Tortato, pessoa do mais alto nivel, preocupado com a PM. É hora da união contra isso, Fora secretário Mesquita.