PM suspeita de motivação política a execução da vereadora

O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), na noite desta quarta-feira, 14, pode estar ligado à sua militância política. Nascida no Complexo da Maré, conjunto de favelas da zona norte do Rio, Marielle, de 38 anos, tinha sua atuação pautada pela defesa de negros e pobres e denunciava a violência contra essa população. O crime, que vitimou também o motorista que a levava, mobilizou o governo federal: o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, telefonou para o interventor federal no Rio, general Walter Braga Netto, e colocou a Polícia Federal à disposição para auxiliar na investigação.

Há oito dias, Marielle, que acompanhava na condição de vereadora a intervenção federal, como forma de coibir abusos das Forças Armadas e da polícia a moradores de comunidades, recebeu denúncias envolvendo PMs que patrulham a Favela de Acari, na zona norte do Rio. Moradores contaram, na primeira reunião do Observatório da Intervenção, no Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), da Universidade Candido Mendes, que dois homens foram assassinados por policiais e tiveram os corpos jogados num valão. Segundo estes moradores, a PM vem se sentindo “com licença para matar” por conta da intervenção.

A polícia trabalha com a suspeita de execução no caso do assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL), morta a tiros na noite desta quarta-feira, 14. O velório acontece a partir das 11h desta quinta-feira, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

O Secretário da Segurança, Richard Nunes, informou, em nota, que determinou à Divisão de Homicídios ampla investigação sobre os assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Pedro Gomes, morto também no ataque. O secretário disse que acompanha as investigações com o chefe de Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, desde que soube do crime.

O crime causou comoção nas redes sociais. Vários atos de protesto foram convocados pelo País. Há chamadas para manifestações em São Paulo, Salvador, Recife, Brasília, Belo Horizonte, Belém, Juiz de Fora (MG), Porto Alegre, Florianópolis, Natal, Curitiba e Campos dos Goytacazes (RJ). Na capital fluminense, foi organizado um ato a partir das 10h, na praça da Cinelândia, em frente à Câmara Municipal do Rio.

3 COMENTÁRIOS

  1. Socióloga pela PUC Rio mestre em políticas públicas, mãe de uma filha de 20 anos. 5° vereador mais votada nas eleições do rio, moradora da favela da Maré, líder na câmara do rio das comissões de direitos humanos e dos direitos da mulher. Sua última participação na câmara foi a proposição de uma força tarefa para contabilizar a violência de gênero no município e sua última postagem foi a questão de quem foi à responsabilidade pela morte de uma menino negro evangélico saindo da igreja em uma favela no rio esta semana! Consternada ? que nossa sociedade não pereça! ” No mundo de hj é assustador que se tente calar a voz política atravéz de uma atitude que demonstra um déficit civilizatório Luiz Fux”

  2. A manifestação no Rio é as 17 horas na Cinelandia.

    Deste jeito a PM ganha o Trofeu Clouseau já na largada. Ate o Pão de Açúcar e o Cristo sabem queo assassinato foi politico .

    Tão grave quanto aquele celebre que levou o Getulio ao suicidio e que matou o Major Rubens Vaz., e feriu o Carlos Lacerda na Rua Toneleros e o do Edson Luiz em 68.

    Parece que a bandidagem fardada e organizada nos esquadrões da Morte, também chamado de milicias, resolveu trucar a Intervenção no Rio e saiu para um tudo ou nada.. Lembra tambem o triste atentado ao Rio Centro onde o Capitãop Bomba e o Sargento Meia Bomba, conforme apelidou o Pasquim, explodiram um artefato no colo , dentro de um Puma , com o objetivo de desestabilizar a “abertura”. No caso do Rio, a “fechadura”

    Quero ver agora ise este negócio de intervenção é pra valer ou pra inglês ver..

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