Os “totens” que Mesquita queria comprar

Se o delegado PF Wagner Mesquita não tivesse deixado a secretaria de Segurança Pública, o “estrago” talvez fosse maior. Uma das heranças que deixaria para o substituto, delegado Júlio Reis, resolver seria uma licitação que custaria aos cofres públicos. O novo secretário abortou o projeto, que custaria R$ 27 milhões.

Esta era a previsão de gasto com a instalação de “totens” Helper em Curitiba. Há dois instalados na cidade – um na praça da Espanha e outro no final do viaduto do Colorado (foto Gazeta do Povo) a título experimental, mas Mesquita vinha forçando a locação de mais unidades, apesar de pareceres técnicos que indicavam a ineficácia do equipamento para coibir a criminalidade.

Mesmo assim, Mesquita tentou forçar que a Polícia Militar aceitasse a contratação do sistema. A PM veementemente se posicionou contra, por escrito e motivadamente, pois o custo é altíssimo e o resultado duvidoso. E muita coisa ainda precisa de investimento – como os coletes e fardamentos que faltam até hoje – antes de gastar com Helpers.

Os totens são “postes” dotados de seis câmeras que monitoram a redondeza próxima e oferecem a possibilidade a transeuntes que se sintam ameaçados ou flagrem algum crime de avisar as autoridades por meio de um microfone de comunicação direta.

Mesquita iniciou o processo para contratação por dispensa de licitação. Juntou meia dúzia de respostas de empresas dizendo não ter a tecnologia das câmeras em “postes” pintados com as cores da Polícia. No processo omitiu as estatísticas da Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape) e a manifestação contrária da PM. E, com verbas de aplicação obrigatória na Polícia Militar, iria locar os Helpers. Ao módico custo de R$1.128.000,00. Por mês!!!

O contrato todo custaria mais de 27 milhões em locações de equipamentos com câmeras de monitoramento para um ano e meio.

3 COMENTÁRIOS

  1. Aos poucos a péssima governança do Wagner Mesquita e seus cupinxas vem à tona. E com certeza mais vem por aí. O mal feito nunca fica escondido. Os erros não permanecem às sombras. Com certeza ainda há muito a desvendar e esclarecer…

  2. O caos na segurança pública instalado, as pessoas morrendo, as carceragens lotadas, policiais com coletes vencidos, armas ruins, viaturas inadequadas e orçamento escasso. E o bonitão do Mesquita querendo alugar esses troços que só servem para bandido dar tchau. Duvido que tenham surtido efeito. Na Praça da Espanha, depois que instalaram isso já teve caboclo baleado, gente esfaqueada, carro roubado, briga de bar. O que adianta é polícia na rua. Policial bem equipado, remunerado decentemente e respeitado. Que vergonha desse senhor que se dizia secretário de segurança. A quem interessava gastar uma fortuna dessas com essas câmeras? Sorte que já foi. Só uma pergunta: por que não está trabalhando na PF até hoje? Pode ficar sem fazer nada em casa??? Senhor Delegado Valeixo, vamos dar serviço para o Delegado Mesquita. A lava-jato e outras todas as outras operações precisam de mão de obra.

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