A promessa de campanha de que, em 180 dias, os 300 ônibus velhos que rodam em Curitiba seriam substituídos por novos, parece ainda estar longe de ser cumprida.
Em fevereiro passado, a passagem foi reajustada de R$ 3,70 para R$ 4,25 sob esta justificativa. Os empresários, que antes recebiam R$ 3,66 por passageiro transportado (tarifa técnica), passaram a ganhar R$ 3,96.
Os empresários, no entanto, mantêm na Justiça a mesma ação que os desobriga a adquirir veículos novos enquanto não for feito o equilíbrio entre o que arrecadam e o custo real do serviço, aí incluída a obrigação de renovar a frota de modo a que nenhum veículo tenha mais de 10 anos de uso.
Este equilíbrio, segundo eles, só se daria se estivessem recebendo tarifa técnica de R$ 4,35. O que, inevitavelmente, elevaria a passagem do usuário para pelo menos R$ 4,50.
Como até agora não saiu nada, o prefeito Rafael Greca está disposto a comprar os ônibus por conta dos saldos acumulados no Fundo Municipal, segundo anunciou semana passada na Câmara de Vereadores. Para entregá-los para quem? Para as empresas que operam o sistema!
Se encomendar agora os novos veículos, as montadoras precisam de seis meses para deixá-los prontos. Ou seja, os passageiros continuarão andando em latas velhas até, pelo menos, janeiro do ano que vem, o dobro do tempo prometido para a renovação.
A passagem em Curitiba é carissima. Não estou com essa folga toda na conta pra poder andar de onibus, por isso tenho que me conformar e usar o carro, que é bem mais barato. Ô vida.