O “rolo” do apartamento de Flávio Bolsonaro

Está explicado: o deputado (e senador eleito) Flávio Bolsonaro está um patamar acima do seu ex-motorista Fabrício Queiroz. A explicação de Queiroz para a movimentação “atípica” em sua conta bancária de R$ 1,2 milhões é de que ela é fruto de “rolos” de compra e venda de automóveis. Já o filho do presidente lidava com imóveis.

Foi o que ele disse na noite deste domingo (20) em entrevista à TV Record: o saque de R$ 1 milhão e os 48 depósitos de R$ 2 mil detectados em sua conta pelo Coaf são provenientes, primeiro, do pagamento pela compra de um apartamento e, segundo, os depósitos recebidos se referem à venda do mesmo apartamento.

Plausível, tanto quanto ele achou sobre as explicações que o subordinado Queiroz lhe deu sobre a movimentação em sua própria conta.

Estes, no entanto, não são assuntos que interessem ao governo, segundo opinião do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão. São negócios particulares de Flávio e Queiroz que não respingam sobre a imagem de severidade do presidente.

O caso envolvendo as movimentações financeiras atípicas de Flávio Bolsonaro e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz em anos passados não é assunto do governo, que começou em 1º janeiro, disse Mourão em entrevista à agência de notícias Reuters reproduzida pelo Estadão neste domingo (20). “É preciso dizer que o caso Flávio Bolsonaro não tem nada a ver com o governo”, afirmou, acrescentando que é preciso aguardar o andamento dos fatos e investigações antes de se tirar conclusões.

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