O Paraná influencia a política. Já os paranaenses…

(por Ruth Bolognese) – O Paraná é um estado muito do estranho. Aqui é a sede da Lava Jato, apontada como a maior operação de combate à corrupção da história do mundo. Em Curitiba está preso o ex-presidente Lula, o operário que fez história ao subir a rampa do Palácio do Planalto. Uma frase, apenas uma frase, dita em Cascavel há quase 4 meses, pelo filho de Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo, de que um cabo e um soldado poderiam fechar o STF, e a República está vindo abaixo.

O fato é que o núcleo atômico que gera os grandes lances políticos brasileiros da atualidade, por coincidência ou não, se instalou aqui. E, mais impressionante ainda, é que diante de tanta magnitude, a classe política local tem zero influência sobre estes mesmos fatos. É como se a gente emprestasse a casa para uma festa extraordinária e ficasse do lado de fora, na rabeira, comentando tudo entre os amigos e a parentada, mas sem direito a provar sequer um cajuzinho.

Não temos hoje nenhum político paranaense, pra usar a palavra da moda, “influencer” na política. O senador Alvaro Dias, por exemplo, que se auto acreditava a voz contra a corrupção e contra o PT no plano nacional, perdeu para o cabo Daciolo no quesito voto na urna. Fundou o Podemos, o partido que é um verbo, e quem surpreendeu foi o partido Novo, um adjetivo.

O senador Roberto Requião, também dono de uma boa dicção, falou, mas falou tanto, que cansou o Brasil e o Paraná, e dentro de dois meses será, em definitivo, um ex.

Na safra nova que se apresenta, dentro da perspectiva de termos representantes políticos com seriedade, experiência, respeitabilidade e noção da gravidade do momento em que o País se encontra, comecemos pelo governador eleito, S. Excia Ratinho Jr. E paremos por aqui.

2 COMENTÁRIOS

  1. Por que parar com o Sr. Ratinho Junior? Por que não começar com ele? Ele pode mudar as práticas políticas e dar exemplo de uma gestão que não privilegie amigos e familiares como estamos acostumados com os “fruets” “richas” e “requioes” etc… Talvez ele consiga acabar com a troca de favores por votos e que consiga fazer o Paraná crescer com mais igualdade social e chance para todos. Vamos torcer, pelo menos ele não está preso ao tradicionalismo político paranaense que só produz bibelôs políticos.

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