(por Ruth Bolognese) – O alegre governador eleito, Ratinho Jr, tem dois encontros marcados: o primeiro, com governadora Cida Borghetti amanhã, para tratar da transição e tudo deve ficar dentro da normalidade.
O segundo será, depois da posse, no dia 2 de janeiro quando abrir a chave do cofre e se deparar com algumas moedinhas deixadas lá no fundo. A receita, ou seja, o dinheiro para sustentar o Estado, permanece o mesmo de 2014 e Ratinho Jr terá que se virar nos 30 pra empatar as contas.
Com dados do Confaz – Conselho Nacional de Política Fazendária e consultorias independentes, a Folha de São Paulo mostra que os novos governadores tem uma dura tarefa pela frente e o Paraná, apesar de não figurar na lista dos inadimplentes, também não nada em dinheiro, muito pelo contrário. Depois da campanha otimista que fez, sugerindo obras estruturais, escolas por todo o Estado e saúde de primeira linha, Ratinho Jr depende do Governo Federal, da reforma Tributária, do crescimento da economia, da produção agropecuária e de centenas de outras variáveis para garantir o pagamento em dia do funcionalismo e a manutenção básica da máquina pública.
É chegada a hora da onça beber água. Muita água.
Basta alinhar a PGE para executar dívidas sem “REFIS” e ajuizar o máximo de Ações Regressivas e Indenizatórias contra aqueles que ofendem e lesam o estado. Inclusive por ato de improbidade administrativa, uma vez que a PGE é a única legitimada para processar um agente público pertencente aos quadros do outro, quase que exclusivo, legitimado concorrente para esta demanda. O patrimônio e a moralidade pública também deve ser defendida pela PGE. Vamos Ratinho Jr.!! Pra cima de quem cobra tanto a limoeza na casa dos outros, mas não limpa a própria casa.
É hora do Ratinho Jr. e do Bolsonaro não cederem às “homenagens” e sorrisos daqueles que, quase que publicamente, militam interesses “petssociais” blindados por prerrogativas de função. Todos os agentes públicos e politicos são constantemente fiscalizados, exceto aqueles que se dizem fiscais. Como dizia Alborguetti: “Par não julga (ou processa) par”.
Infelizmente o aparelhamento constante de algumas instituições tem se dado anualmente para fins de manutenção no poder e formação de quadro eleitoral interno (além de arrecadação de recursos provenientes de outras fontes legais, as quais não necessitam de controle do TCE).
Um belo espetáculo de teatro. Mas ninguém mexe com os justiceiros se não houver questões de Segurança Nacional ou interesse da União.
Lamentável. Esperamos que o novo governo e a PGE encare de frente essas falhas para que não sejam objeto de vingança pessoal de alguns.
Prometer todos prometem, quero ver fazer alguma coisa sem dinheiro, não existe milagre, mas ainda há quem acredite em papai Noel…. Sem mais….
Quanta inveja!!! O governador eleito não é nenhum ignóbil… ele sabe que vai encontrar pedreira. Mas a mídia engajada não se cansa de malhar ferro frio. Se fosse Osmar Dias, o “queridinho”, o cofre estaria cheio?