(por Ruth Bolognese) – A renegociação entre o governo do Paraná e o governo Federal sobre a concessão de 1,8 mil quilômetros de rodovias pedagiadas do Anel de Integração é conversa pra boi dormir. Nem o Paraná quer vender e nem a União quer comprar.
Há 21 anos a União se livrou de um pepino monumental ao transferir para o governo do estado a manutenção das estradas, duplicação, obras de artes etc etc. Por causa dessa concessão, os paranaenses ficaram com o mico de pagar a taxa de pedágio mais cara do mundo. E a União nem tchum pra isso.
Agora, quando se aproxima o momento de renovar os contratos e o Paraná tem a chance de baixar as taxas, por que iria deixar tudo para a União? E por que a União iria querer de volta quase 2 mil quilômetros de estradas e, junto, toda a complexidade que cercou o pedágio no Paraná nos últimos 21 anos?
E mais, na melhor das hipóteses, a União terá de licitar os trechos e aplicar um novo modelo de pedágio em trechos de rodovias federais e também estaduais.
Enfim, o Paraná terá mesmo que ficar com seus pedágios.
Estado e União vão querer $im. Podem apo$tar ni$$o.
Não seria o caso de se perguntar porque o Estado (seus governantes e apaniguados) há longos anos querem esse mico das estradas federais? Os elevados custos das desapropriações indiretas saíram dos bolsos dos paranaenses, sabiam? Sequer cuidam das estaduais e vicinais … Antes era para acertar repasses de convênios, depois para implantar pedágios. Cuí produit, perguntavam os romanos: a quem aproveita?