(por Ruth Bolognese) – A demissão anunciada do secretário do Cerimonial e Relações Internacionais do Palácio Iguaçu, Ezequias Moreira, deixa uma pergunta instigante: afinal, o que tinha a ver o Ezequias Moreira, nascido em Centenário do Sul, eterno assessor dos Richa e funcionário da Sanepar por 32 anos, com os rituais do Cerimonial do Palácio Iguaçu?
Absolutamente nada é a resposta. A finesse, primeiro item a se exigir de um chefe-de-cerimonial, nunca fez parte do perfil do Ezequias. Não que fosse um sujeito ao estilo hard do deputado Valdir Luiz Rossoni, por exemplo, para ficar nos homens que cercaram Beto Richa no governo.
Ezequias Moreira sempre foi suave no trato com todo mundo, mas imaginá-lo no papel de mordomo da série Downton Abbey, aquele que usava régua pra conferir a distância entre a faca e o garfo, é demais.
Por tudo isso, certamente a demissão de Ezequias Moreira do cargo de chefe do Cerimonial e de Relações Internacionais do Palácio Iguaçu teve muito mais a ver com a ausência da finesse necessária para o cargo do que com o atribulado passado dele com a sogra fantasma e seus salários reais.
Preocupada com o papel de anfitriã da casa mais importante do Paraná, o Palácio Iguaçu, a governadora-candidata Cida Borghetti quer receber bem, com cerimonial impecável, prataria fina e arranjos florais delicados sobre as mesas.
Foi isso, sim. Ou alguém imagina o Ezequias Moreira vestindo smoking de babador engomado, com luvas brancas e tocando sininho na ante-sala dos governadores do Palácio Iguaçu?
Quantas palavras para dizer que esse saco de vento estava cheirando mal na sala …
Pra falar a verdade acho esse pilantra com cara mais de vendedor de passagens de trem, com aquele bonezinho, em alguma estação ferroviária desativada de onde ele veio.
Fico a imaginar Aricanduva Power, a terra de Quequé,o Ezequias para os íntimos.
Requião gosta muito de Quequé.
Fernanda Richa também.
E o povo gosta.
Fica, fica, fica, fica.