Durante os próximos dias, o ex-diretor da Educação Maurício Fanini abre a boca e o coração para os procuradores e promotores do Ministério Público Estadual. Vai contar mais detalhes e revelar outros liames de autoridades estaduais com o esquema investigado pela Operação Quadro Negro – aquela que descobriu que o governo liberava verbas para empreiteiras que não construíram escolas previstas nos contratos que firmaram.
Fanini já havia feito uma delação perante a Procuradoria Geral da República em Brasília no ano passado, mas não chegou a ser homologada porque os investigadores consideraram que ela não acrescentava elementos novos aos fatos já conhecidos.
Como a Quadro Negro – que tinha uma parte tramitando em âmbito federal por envolver autoridades com foro privilegiado em última instância – “desceu” para a exclusiva competência da primeira instância em Curitiba, Fanini ofereceu nova colaboração com a esperança de obter a redução de penas a que já foi condenado e, até, cumprir prisão domiciliar. Ele está encarcerado desde setembro do ano passado.
Desta feita, os depoimentos deverão dar mais amplitude aos fatos, envolvendo mais pessoas e empresas além de mostrar como deputados estaduais e outras autoridades próximas ao ex-governador Beto Richa se beneficiavam.
Os desvios de dinheiro foram calculados inicialmente em R$ 20 milhões – mas podem ultrapassar os R$ 30 milhões. Parte deste valor teria sido destinado a abastecer a campanha ao governo estadual de 2014.
Plauto está com frouxos intestinais?
Pode delatar quanto quiser. Vai ficar um tempão em cana e nenhum tucano envolvido vai ser preso. As usual.