Ministro Mandetta agora critica a quarentena 

Durante entrevista coletiva à imprensa na tarde desta quarta-feira (25), o  ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mostrou alinhamento total com o presidente Jair Bolsonaro e criticou a quarentena, adotada por vários Estados para evitar a propagação do coronavírus Covid-19. “Temos que melhorar esse negócio de quarentena, não ficou bom”, enfatizou.

O ministro frisou que a ” última quarentena foi em 1917. É normal, faz parte dessa situação, nós erramos, calibrarmos e fazermos projeções um pouco fora e questionáveis por A, B ou C. A quarentena é um remédio extremamente amargo e duro.”

Mandetta não deixou de ressaltar, porém, os problemas econômicos que a situação pode gerar e chegou a citar, inclusive, que se reabram templos e igrejas para as pessoas rezarem. “Que fiquem abertas, só não se aglomerem. Fé é elemento de melhora na alma, no espírito”, disse. Embora tenha criticado as quarentenas, Mandetta voltou a pedir para que as pessoas evitem contato. “Evite o contato com outras pessoas, mantenha a higiene das mãos, proteja as pessoas de mais idades, o contato íntimo, o beijo”, disse. “A distancia social deve ser observada. Isso tudo ajuda para ter equilíbrio para atravessar esse momento de muito estresse para as pessoas.”

Segundo o ministro, uma “quarentena sem prazo para terminar vira uma parede na frente da vida das pessoas” e as decisões têm que envolver outros assuntos do governo e da própria área de saúde. “A saúde não é uma ilha, não vamos tratar isoladamente, não existe só coronavírus. Eu tenho recebido médico que está fechando consultório de pediatria, clínicas de ultrassonografia. A vida continua. Outras doenças acontecem, as pessoas têm necessidades. As coisas continuam. Os arquitetos têm de trabalhar, as pessoas…” (De O Estado de S. Paulo).

 

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