É militante bolsonarista advogado que pediu rompimento com OAB

O advogado curitibano Pierre Lourenço da Silva, que luta para que a OAB do Paraná rompa e se desfilie da OAB nacional, tem histórico de militância bolsonarista e de defensor de algumas causas do presidente, como a recomendação de que doentes com Covid-19 sejam tratados com a ineficaz cloroquina. Ele demonstrou certeza de que a recuperação de Bolsonaro, após contrair coronavírus, se deveu ao uso da cloroquina.

OABNas suas redes sociais, Pierre se apresenta como presidente de um certo Instituto Nacional dos Advogados (Inad). Nas últimas 24 horas, tem se dedicado a criticar a decisão do ministro Celso de Melo, que negou ao presidente Jair Bolsonaro o suposto direito de responder por escrito a interrogatórios da Polícia Federal e o obriga a comparecer pessoalmente para depoimentos a que for chamado para esclarecer suas tentativas de interferência na corporação.

Achou também absurda a investigação aberta pelo Ministério Público do RJ contra a ex-deputada Cristiane Brasil, Cristiane Brasil, filha do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson. Com base em notícias da imprensa, o MP fez buscas e apreensão no apartamento da ex-parlamentar, suspeita de ter recebido propinas (em euros, inclusive) por negócios de R$ 117 milhões na secretaria de Educação do Rio.

Não é a primeira vez que o advogado Pierre Lourenço investe contra o presidente da OAB nacional, Felipe Santa Cruz, que Bolsonaro elegeu como adversário desde os primeiros dias do seu governo após ofender o pai do dirigente. Em maior passado, ele já havia protocolado requerimento parecido pedindo o rompimento da OAB/PR com o conselho federal da instituição – seguido de tuítes (depois apagados) em que se utilizava de expressões como “filho da puta”.

Seguindo, no entanto, os trâmite regulamentares, o novo requerimento de Pierre Lourenço está sobre a mesa do presidente seccional paranaense, Cassio Telles, para decisão quanto ao seu destino.

As manifestações do advogado são sempre repercutidas pelo Jornal da Cidade On Line, que mantém ligações com o jornalista Oswaldo Eustáquio, preso no mês de junho passado, em Mato Grosso, por determinação do ministro Alexandre de Moraes com base em inquéritos que o identificaram como beneficiário de patrocínios para divulgar fake news de interesse do governo Bolsonaro.

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