Merenda escolar seria a próxima etapa da Quadro Negro

Não param as revelações escabrosas sobre corrupção no Paraná. A RPCTV mostrou nesta noite (15) que os envolvidos na Operação Quadro Negro pretendiam explorar mais um rentável “mercado”: a merenda escolar. Segundo o delator Eduardo Lopes de Souza, dono da construtora Valor, ele seria encarregado também de negociar com empresas fornecedoras de merenda a geração de “sobras” para abastecer a campanha de reeleição de Beto Richa, em 2014.

Depois do “sucesso” até então do esquema de desvio de recursos para construção de escolas, o diretor da Educação Maurício Fanini já teria encarregado Eduardo de tocar o novo negócio. Havia apenas uma condição: que Fanini fosse nomeado presidente da Fundepar, o órgão estadual encarregado de gerir a parte física do sistema público de educação e grande comprador e distribuidor das merendas.

Fanini de fato chegou a ser nomeado para a Fundepar, mas antes que o esquema das merendas fosse iniciado, acabou implodido pelas denúncias dos pagamentos irregulares para construção e reforma de escolas. Fanini foi demitido em seguida e indiciado no inquérito. Tempos depois foi preso e hoje se encontra na PF de Brasília para concluir o processo de delação premiada.

 

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