A desistência de Osmar Dias de se candidatar ao governo e coloca imediatamente em marcha um plano de contingência que o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, já tinha pronto e guardado na manga: vai destitutir Osmar da presidência estadual, dissolver o diretório, nomear uma comissão provisória e, na convenção de sábado (4), vai propor e aprovar uma coligação com o MDB do senador Roberto Requião.
Sem Osmar, o deputado João Arruda, sobrinho do senador, se consolida como principal candidato de oposição ao governo do Paraná, herdeiro de boa parte dos votos que seriam de Osmar.
Mas o que faz a alegria de Lupi é outro motivo: o candidato a presidente do PDT, Ciro Gomes, passaria, enfim, a ter palanque expressivo num estado do Sul do país e com uma partido aliado forte e com caixa bem fornido.
A coligação MDB/PDT incluiria as chapas proporcionais (deputados estaduais e federais), exatamente como Requião vinha propondo a Osmar Dias.
Em compensação, Alvaro Dias, que imaginava não ter concorrentes a fazer-lhe sombra no Paraná, terá de enfrentar os corrosivos Ciro Gomes e Roberto Requião.