A juíza Carolina Lebbos, da 12.ª Vara Criminal da Justiça Federal em Curitiba, abriu prazo de cinco dias para que o Ministério Público Federal e a defesa se manifestem sobre eventual transferência de Lula da sede da Polícia Federal para outro local. Depois, outros cinco serão dados à defesa. Com isto, o ex-presidente permanecerá na PF pelo menos até o fim da semana que vem.
A juíza tem em mãos duas petições judiciais – uma da prefeitura, outra de moradores vizinhos à PF – para que Lula seja transferido. O Complexo Médico Penal de Pinhais já ofereceu acomodações exclusivas para ele, mas também há opções em pelo menos dois quarteis do Exército em Curitiba.
Enquanto isso, porém, a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, desmente ter havido acordo com a secretaria de Segurança para que os acampamentos sejam retirados da vizinhança da PF:
Segundo Gleisi, “o acordado pelos organizadores da vigília foi colocar as cozinhas coletivas em um terreno vazio que tem na quadra do acampamento, retirando-as de frente das casas dos moradores. Também parte das barracas dormitórios ficarão em outro terreno próximo. Ninguém irá para o Atuba!”.
Mas é bom lembrar: a Justiça estadual já determinou a desmobilização com prazo até quarta-feira (18). Após isto, o PT, sindicatos e movimentos organizadores serão multados em R$ 500 mil por dia de permanência. E isto significa que Gleisi está desafiando mais uma decisão judicial.