O blog O Antagonista informa com destaque que o Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo denunciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-candidato a presidente da República em 2018 Guilherme Boulos pela invasão do tríplex do Guarujá (SP), em 16 de abril de 2018, por um grupo ligado ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Segundo o blog, a ocupação do apartamento ocorreu cerca de uma semana após a prisão do ex-presidente, ocorrida em abril de 2018, e diz que Lula incentivou o ato como forma de protesto.
“Se é do Lula, é nosso”, dizia uma das faixas estendidas na varada do imóvel dado pela OAS ao petista, que foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Lula, Boulos e outras três pessoas foram enquadrados pelo MPF no artigo 346 do Código Penal, que estabelece como crime tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial – na ocasião, o imóvel bloqueado pela Justiça. A pena prevista é de seis meses a dois anos de prisão.
Diz O Antagonista que Lula é apontado como incentivador da ocupação porque, em janeiro de 2018, fez um discurso na Praça da República, em São Paulo, logo após ter a condenação no processo que envolve o tríplex confirmada na segunda instância. Na época, ele disse que tinha sido condenado por um “desgraçado de um apartamento que eu não tenho”. E afirmou que já tinha pedido “para o Guilherme Boulos [líder do MTST] mandar o pessoal dele ocupar” o imóvel.
Dias depois, cerca de 30 integrantes do MTST invadiram o Condomínio Solaris e entraram no apartamento, permanecendo por mais de duas horas. Só deixaram o local após acordo com a PM.
No fim, o blog informa que, procurada, a defesa de Lula não quis se manifestar.