Ao contrário do dia em que chegou a Curitiba para a audiência com juiz Sergio Moro, em maio do ano passado, Lula encontrou uma multidão reunida defronte ao prédio da Justiça Federal em Curitiba. Eram militantes de todo o país. Forças policiais tiveram de ser mobilizadas para evitar excessos ou eventuais atos de violência. Lula fez questão de atravessar pela multidão, sob aplausos, abraços e beijos. A audiência se referia ao triplex de Guarujá, que a Justiça considerou que seria fruto de propina de empreiteiros.
Um ano depois, Lula, condenado a 12 anos em segunda instância, está preso em Curitiba, na sede da PF e hoje, às 14 horas, volta à Justiça Federal para responder à juíza Gabriela Hardt – que substitui provisoriamente Sergio Moro na 13.ª Vara Criminal – sobre outra acusação, a referente à propriedade do sítio de Atibaia, também atribuída e e reformada com recursos ilícitos.
Desta vez, porém, Lula vem escoltado e não terá de atravessar pela multidão. Entrá direto na sede da Justiça Federal e seguirá para a sala de audiências. Na saída, repete-se o ritual. Mesmo assim, já há pequena multidão de manifestantes reunida na frente do edifício, com a senadora Gleisi Hoffmann à frente. O reforço policial também é menor.