O sindicato das concessionárias do transporte coletivo de Curitiba está indignado com a falta de segurança da linha Alferes Poli, cujos poucos passageiros são, proporcionalmente, os mais assaltados nos ônibus da cidade. Entretanto, a Alferes Poli é também a linha que mais dá prejuízo para o sistema. Eis o que diz o Setransp:
A linha Alferes Poli é operada por micro especial. A planilha da tarifa
técnica mostra que o micro especial custa R$ 5,0271 por quilômetro. O único
carro da linha percorre, por dia útil, 276 quilômetros. Portanto, multiplicando
276 quilômetros pelo custo por quilômetro (R$ 5,0271), chega-se ao resultado
de que a operação diária dessa linha custa R$ 1.387.De janeiro a setembro, 4.242 passageiros pagaram a tarifa na linha Alferes Poli.
Levando-se em conta uma média de 20 dias úteis vezes 9 meses, chega-se a 180
dias úteis. Dividindo o total de passageiros no período (4.242) somente pelos
dias úteis (180), observa-se que apenas 23 passageiros, em média, pagam a
tarifa diariamente. Multiplicando os passageiros pagantes (23) pela tarifa
vigente (4,25), nota-se que a linha arrecada por dia R$ 98.
A queda no número de passageiros pagantes nesta linha – de 2013 a 2016, a
baixa chega a 91%. Neste ano, pela primeira vez, há mais isentos
do que pagantes.