Com 24 horas de antecedência em relação ao prazo de 48 que lhe tinha sido concedido para opinar se Deonilson Roldo deveria ou não ser beneficiado por habeas corpus e deixar a prisão em que se encontra desde setembro do ano passado, o juiz da 23.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, Paulo Sergio Ribeiro (foto), respondeu esta tarde (15) ao ministro Luiz Fux, presidente de plantão do STF: não, é melhor manter o réu preso porque, solto, ele tem condições de criar embaraços às investigações ainda em curso e obstruir a Justiça.
Deonilson, ex-chefe de Gabinete de Beto Richa, é apontado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal como principal autor de fraude à licitação para duplicação da PR-323 para eliminar concorrentes e favorecer a construtora Odebrecht. A empreiteira pagou cerca de R$ 4 milhões para, supostamente, abastecer o caixa 2 da campanha de reeleição de Beto em 2014. A operação que rendeu a denúncia contra Roldo e outros agentes públicos e privados recebeu o nome de “Piloto”, uma referência ao fato de o ex-governador ter o automobilismo como hobby.
A resposta do juiz Paulo Sergio Ribeiro é detalhista. O ofício que dirigiu ao ministro Luiz Fux ocupou 34 páginas – e ao qual o Contraponto teve acesso em primeira mão -, nas quais fez todo o histórico da Operação Piloto e do envolvimento de Deonilson e, por fim, opinando pela manutenção do réu sob custódia no Complexo Médico Penal de Pinhais.
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