Janot teme retrocesso após Lava Jato

Em entrevista que deu à BBC em Bogotá (Colômbia), onde dá curso na Universidade de los Andes, o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez um balanço da Lava Jato, que completa quatro anos neste sábado. Perguntado se o Brasil melhorou ou vai melhorar após a Operação, ele respondeu:

Eu acho que é cedo para dizer se o país melhorou ou não, se teremos retrocesso ou não. Acho que o processo histórico é um pouco mais longo do que isso. O que eu posso dizer, com certeza, é que o Brasil não é mais o mesmo.

Um país que teve investigados três ex-presidentes da República; um país que tem processado, com os dois processos suspensos por decisão política da Câmara, o presidente em exercício (Michel Temer), um país que processou vários deputados e senadores, um país que processou vários ministros de Estado, e conseguiu afastar vários ministros, com certeza esse país não é o mesmo. Se haverá retrocesso ou não, a história vai dizer.

O ex-procurador-geral subiu o tom em relação à sua sucessora na PGR, Raquel Dodge. Ele nunca pronuncia o nome de Dodge, mesmo em conversas informais, mas diz que “pouco tem ouvido falar” da atuação de Dodge no combate à corrupção. “Não sei se é porque estou longe, aqui na Colômbia”, ironiza.

 

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