Em alusão à luta contra o tráfico de pessoas, a Itaipu Binacional vai manter a iluminação azul das fachadas do Centro de Recepção de Visitantes e das calotas do Parque da Piracema, dentro da usina, até o esta sexta-feira ( 30), Dia Mundial Contra o Tráfico de Pessoas.
A ação faz parte da campanha Coração Azul, que convida as pessoas a lutarem por medidas que ajudem a acabar com o tráfico humano. O azul foi escolhido pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) por representar a liberdade e, ao mesmo tempo, a tristeza das vítimas.
A mobilização é feita mundialmente e, no Brasil, tem a parceria do Ministério da Justiça e Segurança Pública, da Secretaria Nacional da Justiça e Cidadania, do UNODC. No Paraná, a coordenação da campanha é de responsabilidade da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho.
A iniciativa também tem o apoio do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf), por meio da Câmara Técnica de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de Foz do Iguaçu.
Além do tráfico humano, a campanha tem como missão a prevenção e o combate ao trabalho análogo ao de escravo, à servidão doméstica, à remoção de órgãos e à adoção ilegal.
Apoio – Normalmente, a Itaipu adere a campanhas temáticas e ilumina a própria barragem e outros pontos turísticos da usina na divulgação desses movimentos. Em função da pandemia, no entanto, a iluminação da barragem (um dos principais atrativos turísticos da usina) está temporariamente suspensa.
Na semana de 19 a 25 de julho, o azul coloriu a usina para chamar a atenção sobre a Síndrome do X Frágil, condição que afeta o desenvolvimento intelectual, o comportamento e provoca atrasos na fala.
A Itaipu já apoiou a campanha Coração Azul em 2015, 2016 e 2017. Também é apoiadora do Outubro Rosa (câncer de mama), do Novembro Azul (câncer de próstata) e do Setembro Amarelo (de alerta ao suicídio), entre outras.
Como identificar – Segundo Matthew Nau, agente do Serviço de Segurança Diplomática do Departamento de Estado dos EUA, as vítimas de tráfico normalmente parecem não ter controle sobre a própria vida, aparentam ter sido privada de alimento, água e sono, não têm pertences pessoais, têm uma condição de vida instável e até têm problemas de memória, além de poderem sofrer de depressão e ansiedade e desconfiar de pessoas em posições de autoridade, como a polícia.
No caso de vítimas do tráfico para fins sexuais, outras características que podem ser indício do crime são: ferimentos, cortes e queimaduras, vício em drogas ou álcool, usar gírias associadas à prostituição, passar tempo com outras pessoas que demonstram os mesmos indicadores de tráfico e frequentar os mesmos locais anualmente ou sazonalmente.
Para denunciar casos de tráfico de pessoas, contrabando de migrantes, tráfico de mulheres e outros crimes semelhantes às autoridades brasileiras, disque 100 ou ligue para o número 180. (Da Itaipu Binacional).