Itaipu e prefeitura de Foz fazem força-tarefa para trazer brasileiros do Paraguai

Brasileiros residentes no Paraguai, que aguardavam uma oportunidade de retorno ao País depois do fechamento das fronteiras causado pela pandemia da covid-19, puderam iniciar o caminho de volta nesta quinta-feira (23), após uma ação articulada pelas autoridades consulares dos dois países. Uma força-tarefa envolvendo Itaipu, Prefeitura de Foz do Iguaçu e Universidade Federal da Integração Latino Americana (Unila), entre outros, permitiu a entrada no lado brasileiro da fronteira do primeiro grupo, formado por 60 pessoas.

A expectativa é que aproximadamente 400 brasileiros cheguem à fronteira entre esta quinta e sexta-feira (24),em diferentes horários. A maioria é formada por residentes da Região Nordeste do País, que estudam Medicina na capital paraguaia. Para recebê-los, foi feita uma operação na aduana brasileira, em Foz do Iguaçu, com o apoio de diversas instituições – como Polícia Federal, Defesa Civil de Foz do Iguaçu, 9ª Regional de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde  e Unioeste, entre outras entidades, além da Prefeitura, Itaipu e Unila, que trabalham no enfrentamento da doença na cidade.

Antes de ingressar no Brasil, os repatriados passaram por uma triagem. Nenhuma deles apresentou sintomas do novo coronavírus e foram liberados para seguir viagem às suas cidades de origem ou aguardar em um hotel reservado pelo município. A Itaipu liberou parte dos ônibus usados no transporte de seus empregados para levar os grupos até o local de hospedagem.

O apoio com o translado atendeu a um pedido da Prefeitura feito pouco antes da chegada dos brasileiros.  Com um remanejamento rápido do transporte interno, a empresa ajudou na logística com cinco ônibus. Os motoristas buscaram os grupos do outro lado da fronteira.

“A Prefeitura organizou com a Itaipu e o governo do Estado uma operação especial emergencial para trazer e aplicar testagem de covid-19 nos repatriados”, disse o prefeito Chico Brasileiro, que acompanhou a chegada do primeiro grupo. “Temos toda a estrutura para que estas pessoas se sintam protegidas em Foz do Iguaçu e a cidade se sinta protegida com a chegada delas.”

De acordo com Jorge Aureo, assessor especial do diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, a solicitação da Prefeitura feita em caráter urgente foi prontamente atendida. “Itaipu tem um GT estratégico de enfrentamento da pandemia na cidade e vai fazer todo o esforço para proporcionar, nesta ocasião, uma melhor acolhida aos nossos irmãos brasileiros que estão chegando a Foz do Iguaçu.”

Na aduana brasileira, a primeira triagem foi feita dentro do ônibus, antes mesmo do desembarque. O coordenador do enfretamento da covid-19 do município de Foz do Iguaçu, o médico Luiz Fernando Zarpelon, fez as primeiras perguntas para identificar pessoas com possíveis sinais agudos de gripe. “Elas já foram submetidas a uma triagem em Assunção, mas também temos que repetir o protocolo”, explicou.

Em seguida, elas foram encaminhadas para medição de temperatura,  registro de documentos e passaram por testes rápidos, que identificam a presença de anticorpos no sangue. Eventuais casos positivos de covid-19 seriam encaminhados ao Hospital Municipal, o que não foi necessário: nenhum integrante do primeiro grupo de repatriado testou positivo. (Da Itaipu Binacional).

 

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