Em um ano com cenário hídrico desfavorável, mas marcado por recordes de produtividade (fazer mais com menos), a usina de Itaipu chega nesta quarta-feira (8) à produção acumulada de 40 milhões de megawatt-hora (MWh) em 2020.
Este montante de energia seria suficiente para atender o mundo todo por 15 horas e meia; o Brasil por um mês e o Paraguai por dois anos e nove meses. Ainda para ficar nos comparativos, a energia de Itaipu produzida em 2020 atenderia ao consumo do Estado do Paraná por um ano e três meses. E, por um ano, seria suficiente para atender 68 cidades do porte de Foz do Iguaçu (260 mil habitantes).
Outros dados levantados pela área técnica da usina mostram a importância de Itaipu no setor elétrico brasileiro. Os 40 milhões de MWh corresponderiam a cinco vezes a geração da usina de Xingó em 2019. Ou, ainda, a 1,4 vez a geração total da usina hidrelétrica de Tucuruí, a que mais produziu no País em 2019 (25 milhões de MWh).
Outros comparativos, até esse momento, entre a produção de Itaipu e das maiores usinas brasileiras, em 2019:
- 1,6 vez a geração da usina de Belo Monte;
- 2,4 vezes a geração da usina de Jirau;
- 2,3 vezes a geração da usina de Santo Antônio;
- 3,1 vezes a geração da usina de Ilha Solteira.
Em relação à produção de usinas internacionais em todo o ano passado, esse volume só foi superado pelas chinesas Três Gargantas e Xiluodu.
“Itaipu tem um papel primordial no desenvolvimento do Brasil e do Paraguai. Mesmo com a queda no consumo de eletricidade por causa da pandemia do novo coronavírus, nossos índices de produção e produtividade têm sido excelentes”, ressaltou o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.
Segundo Silva e Luna, isso se deve a dois fatores principais. “O primeiro é a atuação da equipe de trabalho da usina, brasileiros e paraguaios que se unem para garantir a excelência; o outro, a qualidade das máquinas e o sistema de gestão da área técnica.”
Produtividade – Para o diretor técnico executivo, engenheiro Celso Torino, se a produção foi boa, apesar das condições hidrológicas pouco favoráveis, a produtividade alcançada no primeiro semestre de 2020 foi a maior de todos os tempos: 1,0881 megawatt médio produzido a cada metro cúbico de água que passou pelas turbinas da usina por segundo.
O resultado é 2% superior ao mesmo período em 2019 e demonstra a eficiência no uso da água, em um ano em que esta matéria-prima foi bastante escassa – a afluência foi 12% inferior à observada no mesmo período em 2019, o pior cenário do histórico 1983-2020.
Já o índice de disponibilidade das unidades geradoras – ou seja, a porcentagem do tempo em que as máquinas ficaram disponíveis para serem usadas – foi de 97,24% no semestre, bem acima do valor de 94% estipulado como meta empresarial.
Outro indicador, o de indisponibilidade forçada – quando as unidades geradoras precisam entrar para manutenção de forma não prevista – ficou em 0,07%, muito abaixo dos 0,5% usados como referência. (Da Itaipu Binacional).