Grupo comprador do Evangélico gera pânico na área

Tão logo se soube do resultado do leilão do Hospital Evangélico e de sua Faculdade de Medicina correu frio na espinha de médicos, funcionários e alunos das duas instituições, que logo correram para ver a “ficha corrida” dos novos donos – o Consórcio R+, com sede em Montes Claros (Minas Gerais). Do consórcio fazem parte a empresa Ambar Saúde (Belo Horizonte) e a Única Educacional (Brasília).

Foram então descobertas ligações deste grupo com o prefeito afastado de Montes Claros, Ruy Muniz, e com a esposa dele, a deputada federal Raquel Muniz.

Notícia publicada pelo site G1 em dezembro de 2016 conta a seguinte história:

Ação do MPF aponta que Ruy e Raquel são gestores da Soebras. Empresas do grupo movimentaram em quatro anos R$ 2,27 bilhões, diz MPF.

Grupo comprador do Evangélico gera pânico na áreaA Justiça Federal em Belo Horizonte decretou a intervenção judicial em quatro empresas do prefeito afastado de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB), e da esposa dele, a deputada federal Raquel Muniz (PRB), que elogiou o marido durante a votação do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). No dia seguinte ele foi preso em uma operação da Polícia Federal. A sentença foi divulgada na tarde desta segunda-feira (12) pelo Ministério Público Federal, responsável pela Ação Civil Púbica que resultou na intervenção.

Segundo o MPF, a investigação revelou que o casal é o real administrador do grupo Soebras, mas não configuram como gestores em nenhum contrato social. “Eles utilizam as receitas dessas instituições – que, por lei, não poderiam distribuir lucros – para benefício próprio e de sua família”, diz o MPF.

O MPF diz que nos contratos sociais das empresas constam parentes, amigos e até pessoas humildes que já foram funcionários do casal. De acordo com a ação, a atual presidente da Soebras “reside em uma casa humilde de um bairro da periferia de Montes Claros. Ainda assim, no papel, ela seria a dirigente máxima de uma entidade mantenedora de 125 estabelecimentos de ensino e saúde em todo o país, com movimentação de centenas de milhões de reais”.

Na ação, o MPF afirma também que as empresas Soebras, Funorte, Única Educacional e Fasi movimentaram R$ 2,27 bilhões entre os anos de 2010 e 2014, “com transferências sucessivas entre as contas do grupo, para dificultar o rastreamento dos valores”.

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