Grandes obras paradas, muitas delas quase pagas

Cento e trinta e sete obras públicas com custo individual superior a R$ 1,5 milhão estão paralisadas em 72 municípios paranaenses. O orçamento global dessas edificações, de responsabilidade do governo estadual e de 61 prefeituras, chega a R$ 691,2 milhões, dois quais R$ 303,5 milhões – 43,9% do total – já deixaram os cofres públicos para custear os trabalhos.

Os dados são do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), que fez no primeiro trimestre deste ano uma apuração sobre o problema. As informações integrarão levantamento nacional sobre grandes obras suspensas, que está sendo realizado por iniciativa conjunta do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon).

Dentre os motivos para a interrupção das obras, os mais comuns são problemas relacionados à empresa contratada (31,9%); atrasos, suspensões ou bloqueios dos repasses de convênios (24,5%); e descumprimento de especificações técnicas e prazos (21,3%).

Na lista de grandes obras paralisadas encontradas pela fiscalização do TCE-PR estão até obras previstas para a Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil. É o caso da requalificação da Avenida das Torres, que criaria um corredor entre o Aeroporto Afonso Pena e a Rodoferroviária de Curitiba. Também o corredor Avenida Marechal Floriano Peixoto-Avenida das Américas, entre Curitiba e São José dos Pinhais, está na lista de obras paradas sob responsabilidade do Estado. Ainda há obras na educação e de infraestrutura nos municípios. No total são 43.

Já na relação de obras paralisadas sob responsabilidade dos municípios há obras de construção de escolas e Centros de Educação Infantil, pavimentação, saneamento, parques, entre outras. Curitiba aparece com quatro projetos na área de macrodrenagem e infraestrutura parados, num total de 94.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui