Governo reconhece que ajudou a inflamar protestos

Os protestos pelo País preocuparam o Palácio do Planalto. A avaliação foi a de que as passeatas, em princípio convocadas contra o ministro da Educação, se transformaram em atos de peso contra o governo. Segundo o Estadão, a portas fechadas auxiliares de Bolsonaro disseram que o próprio presidente ajudou a inflamar os protestos ao atacar os manifestantes.

Nos atos, diversas faixas usavam a palavra “balbúrdia” para protestar contra o governo. Os manifestantes faziam referência à entrevista dada pelo ministro ao Estado, no qual ele anunciou que universidades federais que promovessem “bagunça” ou “evento ridículo” teriam até 30% de seus recursos bloqueados.

Os maiores eventos aconteceram na Avenida Paulista, em São Paulo, e na região central do Rio. Centrais sindicais deram suporte para as manifestações. Na tentativa de pegar carona nos atos, a CUT decretou “dia nacional de mobilização” em todos os seus sindicatos. A Força Sindical emprestou carros de som e fez pequenas paralisações em fábricas nos Estados para tratar do tema dos protestos.

O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, avaliou que houve “exploração política” das manifestações.

Na capital paulista, participantes carregavam bandeiras de movimentos estudantis, centrais sindicais e partidos de esquerda. Mas a grande maioria era formada por professores, estudantes e pais de alunos que foram à manifestação de forma espontânea.

Governo reconhece que ajudou a inflamar protestosMovimentos que atuaram de forma ativa nas manifestações pelo impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff não participaram dos protestos. Em suas redes sociais, o MBL, porém, fez criticas ao Executivo: “Governo se embananou todo com a história da balbúrdia, ficou uma semana em cima de uma narrativa falsa e esquerda soube aproveitar, mesmo que com distorção, a oportunidade pra fazer uma de suas maiores mobilizações de rua desde o começo do impeachment.”

Em Curitiba, os protestos se replicaram em diferentes horários do dia, mas reuniu maior número de manifestantes no início da noite. A Polícia Militar acompanhou todo o movimento e não registrou nenhum confronto, mas lamentou a presença de alguns arruaceiros e pichadores, logo contidos.

 

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