Governo do Paraná garante subsídio ao usuário do transporte metropolitano

As linhas de transporte que atendem a Região Metropolitana de Curitiba, coordenadas pela Comec, passarão a ter tarifa diferenciada entre pagamento em dinheiro ou cartão. O anúncio foi feito pelo Governo do Paraná, por meio da Comec, nesta segunda-feira (28), simultaneamente ao anúncio do reajuste da tarifa, e passará a valer a partir do dia 15 de março, nas duas modalidades, ou seja tanto para pagamento com o Cartão Metrocard, quanto em dinheiro.

Segundo o presidente da Comec, Gilson Santos, o objetivo é oferecer um reajuste que beneficie o cidadão ao mesmo tempo em que incentive o uso cartão transporte. “A tarifa para pagamento no cartão para as cidades do primeiro anel, que hoje é de R$ 4,50, passará para R$ 4,75. Este reajuste significa 5,55%, muito abaixo da inflação que tivemos de 2019, data do último reajuste, para cá, e só está sendo possível graças ao subsídio garantido pelo governador Ratinho Junior”, disse ele.

Santos lembra que a tarifa metropolitana completou três anos sem reajuste. “O último reajuste que tivemos foi em 2019 e de lá para cá a inflação acumulada chega a 18,89%. Foi um grande esforço do Governo do Estado em manter esse valor congelado, graças a sensibilidade do governador Ratinho Junior com relação ao momento de pandemia pelo qual ainda estamos nos recuperando. Obviamente não gostaríamos de dar um reajuste neste momento, mas ele é conseqüência, principalmente, da alta do diesel e do novo acordo coletivo dos trabalhadores. De toda forma, fica garantida a manutenção do sistema e o compromisso de diversas melhorias que serão realizadas durante este ano na operação”, destaca o presidente.

Em dinheiro  – Para pagamentos realizados em dinheiro, o valor da tarifa nas cidades do primeiro anel será de R$ 5,50, seguindo o valor praticado por Curitiba. Já nas cidades com tarifas diferenciadas os valores praticados serão:

Tabela das tarifas que vigorarão a partir de 15 de março

Governo do Paraná garante subsídio ao usuário do transporte metropolitano

 

Município sem reajuste  – Considerando o pagamento no cartão, alguns municípios com linhas de ligação direta com a capital ou demais municípios, ou seja, sem integração, não sofrerão reajuste de tarifa.

Entre eles estão: Agudos do Sul, Quatro Barras, Campina Grande do Sul, Itaperuçu, Rio Branco do Sul, Mandirituba, Quitandinha, Contenda e Piraquara.

Reajustes menores  – Para os municípios de Bocaiúva do Sul, Contenda, Itaperuçu e Rio Branco do Sul, para as linhas de acesso à integração com a capital e pagamento no cartão, o reajuste será de 3,8%. Abaixo do reajuste proposto para o sistema. E no caso da linha de ligação do município de Mandirituba com Fazenda Rio Grande, para pagamento no cartão, o reajuste será de 2,1%.

Tarifa técnica – A tarifa técnica representa o custo do sistema dividido pelo número de usuários pagantes. Hoje este valor é de R$ 8,79. Porém, o valor pago pelo usuário é menor, pois recebe subsídio do Governo do Estado.

Este valor será de aproximadamente R$ 3,27 por usuário, ou seja, para cada R$4,75 (ou outros valores) que o usuário pagar pela tarifa o Governo do Estado irá pagar outros R$3,27.

SUBSÍDIO – Para o ano  de 2022, o Governo do Estado espera aportar cerca de R$ 16 milhões mensais para subsidiar a tarifa do transporte coletivo metropolitano. Valor que poderá diminuir conforme o número de passageiro retorne ao sistema.

Para o sistema urbano de Curitiba, com o objetivo de manter a tarifa social e a integração com as linhas metropolitanas, o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa do Paraná  vão aportar R$ 60 milhões em 2022.

IPK  – O índice de passageiros por quilômetro rodado (IPK) é um indicador de referência no serviço de transporte coletivo urbano/metropolitano. Soma-se a quilometragem média total necessária para atendimento do serviço em um mês e a divide pela média do número de passageiros pagantes: 4.232.607,35 kms// 4.699.709 passageiros: 1,12.

Isso significa que, em média, pouco mais de uma pessoa é transportada por quilômetro rodado. Essa característica é uma realidade de serviços com longas distâncias como o metropolitano que tem linhas de 58 quilômetros de extensão, por exemplo. Quanto maior o IPK, melhor aproveitamento.

Créditos – Além do subsídio do Governo do Estado para equalizar o valor da tarifa técnica com a tarifa social, também serão deduzidos, em forma de receita, créditos expirados do sistema, que são os créditos com somente mais de dois anos sem utilização nos cartões, representando aproximadamente R$ 1,5 milhão por mês nesse exercício tarifário.

Cartões gratuitos  – As novas tarifas do transporte coletivo metropolitano sob a gestão da Comec passarão a valer no dia 15 de março para que os usuários que desejarem aproveitar as tarifas diferenciadas tenham tempo hábil para confeccionar seus cartões Metrocard.

A primeira via do cartão é gratuita, bastando apenas uma recarga inicial no valor de uma tarifa e poderá ser solicitada nas centrais de atendimento da Metrocard. (AEN).

 

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