Governo Beto divide entidades do Paraná

(por Ruth Bolognese) – A reunião desta quarta (6) à noite na Associação Comercial do Paraná entre o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, e as principais entidades representantes da indústria, comércio e serviços, dividiu o setor.

De um lado a Federação das Indústrias (FIEP), Federação das Associações Comerciais (FACIAP), Movimento Pró Pr (MPP), OAB e UFPR se colocaram contra o aumento de impostos proposto pelo Governo, que vai atingir empresas com faturamento acima de R$ 450 mil/ano. De outro, a Fecomércio, Federação da Agricultura (Faep) , Fetranspar foram convencidos de que não haverá aumento. E o governo saiu vitorioso.

O secretário Mauro Ricardo, para desanuviar o ambiente, se comprometeu a enviar uma nova lei para a Assembleia Legislativa dentro de um ano se for comprovado o aumento de imposto. Ou seja, praticamente admitiu que haverá aumento, mas não falou nada sobre devolver o dinheiro arrecadado a mais.

As entidades, sempre poderosas e representando milhares de paranaenses, que se curvaram aos argumentos do governo, perderam a chance de mostrar serviço aos seus associados. Está na origem, no DNA de cada uma delas, a luta contra a carga tributária que incide sobre os brasileiros, uma das mais altas do mundo.

A Associação Comercial do Paraná, por exemplo, depois da posição favorável ao aumento do governo por parte do presidente Glaúcio Geara, pode apagar aquele painel que bate recordes diários de arrecadação de impostos que ostenta na fachada.

Não tem mais sentido.

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3 COMENTÁRIOS

  1. FECOMÉRCIO a favor do Governador… coincidência que um vice-presidente ocupava até outro dia cargo na fomento pr e hj atende ao vice que é do PSDB… coincidência só.

  2. “O secretário Mauro Ricardo, para desanuviar o ambiente, se comprometeu a enviar uma nova lei para a Assembleia Legislativa dentro de um ano se for comprovado o aumento de imposto.”

    Então o PR vai dar um cheque em branco prum secretário funcionário do psdb, que veio parar aqui como interventor, que quando atuou em SP enfiou na gaveta o mesmo inquerito que o Haddad traves da Controladoria que ele implantou apurou de desvios pesados na Fiscalização de SP ? É isso? Assim tão fácil?

    O PR real é o do muro. Ninguém assume a bronca e se assume não batalha e se entrega fácil para os paraguaios.

    O componente que o PR nunca quer e nem consegue trazer para o debate é o trabalhador, o pequeno produtor, o pequeno empresário. estes vão a reboque dos líderes que os levam como cordeirinhos para onde querem que eles vão.

    A sociedade civil no PR é inerte. So se move no seu estrito interesse e apenas se for muito, mas muito provocada. Se não vai deixar para alguém fazer o trabalho.

    A matemática para o paranaense é simples: aumento de imposto + aumento de pedagio = aumento do custo PR

    Aumento do Custo PR = Menos lucro, , menos emprego, mais oportunidade para quem concorre com o PR ,mais a entrega de receita para aqueles que não investem na economia real do PR.

    Porém significa mais poder para o grupo que manda e mais grana para fazer a pequena politica.

    Alguém falou isso ontem no convescote?

  3. A submissão dessas associações poderosas, pois que representam segmentos importantes da sociedade, diante de um governo medíocre e que na sua “ficha de serviços” só apresenta até o momento, nepotismo, escândalos de corrupção e arrochos aos servidores e à sociedade, é, realmente, desanimador. Se o ônus tributário não move, certamente, é porque um bônus compensa. Resta saber que “bônus” é esse auferido pelas associações com mais esse arrocho …

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