Fux vai decidir se Beto deve voltar à prisão

Caiu nas mãos do ministro Luiz Fux, do STF, o recurso do Ministério Público Estadual que contesta a legalidade do habeas corpus de Gilmar Mendes que soltou o ex-governador Beto Richa da prisão preventiva que cumpria na semana passada em razão de sua suposta participação no esquema investigado pelo Operação Rádio Patrulha, que descobriu grossas irregularidades no programa Patrulhas do Campo. Se Fux contrariar Gilmar, Beto pode voltar ao Regimento Coronel Dulcídio.

A defesa do ex-governador se utilizou de artifício processual para que o pedido de habeas corpus caísse exatamente com Gilmar Mendes – ministro que já tinha se manifestado, dias antes, pela ilegalidade da prisão, comparando-a a atos praticados durante a ditadura militar. Gilmar soltou Beto e os demais 14 presos incluídos na relação definida pelo juiz Fernando Fischer, da 13.ª Vara Criminal de Curitiba.

O MP Estadual seguiu a mesma linha de argumentação apresentada um dia antes pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que também tinha endereçado ao STF pedido para que fosse anulada a decisão de Gilmar Mendes, a quem definiu que, em decorrência da medida, se tornaria o “o revisor universal” de todas as prisões provisórias do país.

8 COMENTÁRIOS

  1. A corrupção não acaba pq sempre tem alguém garante que ela não acabe. A certeza da impunidade.
    Aí quando querem mostrar que não é assim, e que tudo é sério, pegam um “Boi de Piranha”.
    Chutar “cachorro morto” é fácil. Quero ver derrubar “cachorro grande”.

  2. Confio na Justiça. E NÃO no Judiciário.
    A Justiça eu sei que vem, mais cedo ou mais tarde. Se dependesse só do Judiciário, nenhum servidor de lá seria punido. O que vemos são apenas membros da política, alguns servidores do executivo e empreiteiros/lobistas envolvidos em corrupção. Mas se alguém do Judiciário ou do MP se envolverem nisso, quem irá apurar??
    Quem entraria com uma Ação de Improbidade Administrativo contra um membro do Judiciário ou do MP?
    Uma investigação dessas prosperaria? Um juiz de primeiro grau receberia uma Ação de Improbidade contra um Desembargador ou Ministro??
    Sei que tem gente muito boa nessas duas instituições. E exatamente por causa desses honestos que é preciso repensar como combater a corrupção em todos os setores. Os mecanismos atuais não funcionam. Isso é fato.
    Falam tanto da Democracia Participativa, então poderiam legitimar a Sociedade Civil Organizada para ajuizar Ação Civil Pública por improbidade também, e não apenas Ação Popular.

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