Funcionários do Banco Mundial resistem à nomeação de Weintraub

A associação de funcionários do Banco Mundial enviou uma carta nesta quarta-feira (24) ao Comitê de Ética da instituição pedindo uma investigação sobre o ex-ministro da Educação do Brasil, Abraham Weintraub, segundo notícia do Estadão.

O grupo que representa os funcionários do organismo internacional quer que a nomeação do brasileiro para assumir uma diretoria executiva do banco fique suspensa até a conclusão da investigação. Os servidores da instituição apontam que pesam contra ele as falas de conotação racista do ex-ministro sobre a China e minorias, além do posicionamento a respeito da prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal, a quem chamou de “vagabundos” na fatídica reunião ministerial de 22 de abril.

“O Banco Mundial acaba de assumir uma posição moral clara para eliminar o racismo em nossa instituição. Isso significa um compromisso de todos os funcionários e membros do Conselho de expor o racismo onde quer que o vejamos. Confiamos que o Comitê de Ética  compartilhe dessa visão e faremos tudo ao alcance para aplicá-lá”, afirma a associação de funcionários. O email com o pedido de investigação foi direcionado ao Comitê de Ética do banco e encaminhado a todos os funcionários da instituição nesta quarta-feira.

Weintraub foi indicado pelo Ministério da Economia para assumir a diretoria executiva que representa o Brasil e mais oito países no banco. Sua confirmação depende de uma eleição interna do grupo, mas é considerada meramente protocolar, já que o Brasil tem mais de 50% do poder de voto e por isso pode emplacar o nome que desejar para a função. Não houve até o momento oposição formal por parte dos outros países que formam o consórcio junto com o Brasil, que são Colômbia, Filipinas, Equador, República Dominicana, Trinidad e Tobago e Suriname.

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