O deputado estadual Fernando Francischini, candidato do PSL a prefeito de Curitiba, disse nesta quarta-feira (14) vai rever as exigências para o funcionamento dos táxis em Curitiba. Menos taxas, a retirada da pesada outorga cobrada dos motoristas e mais igualdade entre os prestadores de serviço de transporte estão entre as propostas do candidato a prefeito. As iniciativas foram compartilhadas em encontro convocado pelo Comitê de Crise do Serviço de Táxi, com representantes de várias centrais .
Francischini reconhece que chegada dos aplicativos de transporte abalou profundamente o trabalho dos taxistas. Reféns de altas taxas e regulamentação exigente, a desigualdade de competição se instalou inviabilizando a atividade e o sustento de muitos motoristas.
“Não vou fazer um discurso populista para vocês e dizer que vou acabar com os aplicativos. Seria hipócrita, querendo remar contra o que está acontecendo no mundo inteiro. Mas precisamos recuperar o trabalho dos taxistas, fazer ressurgir um setor importante com mais igualdade”, afirmou Francischini.
“A regulamentação é exagerada, com taxas altíssimas. Vemos os taxistas desanimados muitas vezes abandonando um serviço que é um símbolo de segurança para os clientes”, ponderou.
“Temos muitas propostas audaciosas para a retomada. Criar um nivelamento de mercado para a mesma condição de competitividade, começando pela retirada da outorga anual (que hoje é de R$ 1.350). Posso apanhar muito por essa proposta. Mas não tenho medo de fazer e vou fazer a partir de 1 de janeiro”, garantiu. Ele citou ainda exigências desnecessárias que podem ser revistas e incomodam os taxistas, como o tipo de roupa exigida durante o trabalho, que gera um custo a mais.
Em seu plano de governo, Francischini propõe ainda a criação de um aplicativo da prefeitura que vai reunir todas as informações de transporte. “O passageiro vai saber tudo para o seu deslocamento, quando vai custar cada viagem se for de aplicativo, táxi e ônibus poderá agendar antecipadamente, dividir uma corrida para ver o que mais vale a pena. É mais tecnologia facilitando a vida de quem precisa e o trabalho dos motoristas”, explicou.
Francischini pediu sugestão aos taxistas e também ouviu que a categoria foi esquecida pelo prefeito Rafael Greca. Os motoristas não discutem o funcionamento ou não dos aplicativos de transporte, mas questionam a necessidade de orientação e regulamentação do serviço.
O evento foi organizado pelo presidente da associação Faixa Vermelha, Edgar Borges, representante de 800 taxistas.