Fogo consumiu parte da história do Brasil

Até o início da madrugada desta segunda-feira (3) era ainda impossível dizer o que pode ter sobrado do acervo de 20 milhões de peças que o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, após o incêndio que destruiu quase completamente suas instalações históricas- um casarão construído por dom João VI no início do século 19, na Quinta da Boa Vista, que foi o palácio da família imperial brasileira durante o Império.

As imagens são da TV Record.

O fogo começou às 19h30, pouco depois do encerramento da visitação.

Mais antigo do país, o Museu Nacional é subordinado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e vem passando por dificuldades geradas pelo corte no orçamento para a sua manutenção.

Desde 2014, a instituição não vinha recebendo a verba de R$ 520 mil anuais que bancam sua manutenção e apresentava sinais visíveis de má conservação, como pareces descascadas e fios elétricos expostos.

Seu acervo, com mais de 20 milhões de itens, tem perfil acadêmico e científico, com coleções focadas em paleontologia, antropologia e etnologia biológica. Menos de 1%, porém, estava exposto.

O museu guardava o meteorito do Bendegó, o maior já encontrado no país, e uma coleção de múmias egípcias —inclusive o crânio de Luzia, a mulher mais antiga das Américas. Além de coleções de vasos gregos e etruscos (povo que viveu na Etrúria, na península Itálica), e o primeiro dinossauro de grande porte montado no Brasil.

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