Fiep já alertava sobre prejuízos

Em nota à imprensa, a Federação das Indústrias do Paraná lembra que há anos vem alertando que o setor produtivo e a sociedade pagam tarifas de pedágio muito altas e prejudiciais à economia, como agora a Operação Integração conduzida pelo Ministério Público Federal confirma. O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, reforça que a ação do MPF traz “à tona  uma amostra do tamanho dos prejuízos que o custo do pedágio causa para nosso Estado”.

Veja a íntegra da nota:

A deflagração da 48.ª fase da operação Lava Jato, nesta quinta-feira (22), que investiga desvios em concessões rodoviárias no Paraná, reforça o posicionamento da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) de que os valores pagos nos pedágios do Anel de Integração estão acima do aceitável e penalizam a economia e a sociedade do Estado.

Fiep já alertava sobre prejuízos“Desde 2011, a Fiep tem, insistentemente, alertado que o setor produtivo e a sociedade paranaenses pagam uma tarifa de pedágio muito elevada, fruto de um modelo de concessão distorcido”, afirma o presidente da Fiep, Edson Campagnolo. “As novas revelações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal comprovam essa tese, trazendo à tona uma amostra do tamanho dos prejuízos que o custo do pedágio causa para nosso Estado”, completa.

Segundo declarações feitas por procuradores do MPF, os desvios causados pela corrupção no Anel de Integração podem ter elevado o valor das tarifas para os usuários das rodovias em até quatro vezes. “Isso mostra que, assim como a Fiep sempre afirmou, o setor produtivo do Paraná paga um custo de transporte muito mais alto do que seus concorrentes de outros estados. Com isso, o produto paranaense perde competitividade, tonando-se menos atrativo tanto no mercado interno quanto no externo, o que impacta diretamente nossa economia”, diz Campagnolo.

O presidente da Fiep afirma, ainda, que os desvios revelados foram facilitados, em grande medida, pela falta de transparência e fiscalização nos contratos do Anel de Integração. “A sociedade paranaense, que é quem paga essa conta, nunca teve acesso a detalhes dos contratos ou às planilhas de custos das concessionárias”, explica Campagnolo. “Assim, chegamos a uma situação em que as empresas cobram altas tarifas, sem a realização das obras essenciais para aumentar a capacidade das estradas. Passados 20 anos do início das concessões, é inadmissível que o Anel de Integração não esteja completamente duplicado ou ao menos com grande percentual de terceiras faixas. Além dos prejuízos econômicos gerados por essa situação, a falta de segurança nessas rodovias também já causou inúmeras mortes, criando um passivo social imensurável para o Paraná”, completou.

Por fim, Campagnolo reitera a defesa da Fiep pela construção de um novo modelo de concessão para o Anel de Integração. “Não somos contrários à concessão de obras e serviços à iniciativa privada. Pelo contrário, está claro que o Estado não tem competência para fazer a gestão da infraestrutura. O que precisamos é encontrar um modelo de concessão que, pautado na transparência, possibilite a realização das obras necessárias, mas com tarifas justas para os usuários”, conclui.

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