A família do coronel Waldir Copetti Neves, assassinado numa emboscada nesta segunda-feira (29) nas proximidades de sua fazenda em Ponta Grossa, divulgou nota oficial para repudiar as referências que considera inverídicas e injustas com relação a ele publicadas pela imprensa. O militar reformado encontrava-se dentro de seu carro quando recebeu 15 tiros de armas de diferentes calibres. As polícias Civil e Militar ainda não têm pistas dos assassinos.
As informações veiculadas nos meios de comunicação ligavam a história de Copetti à uma suposta atuação como integrante de milícia para reprimir ações de invasão de propriedades rurais por parte de militantes do MST. Em razão desta acusação, foi inicialmente condenado a 18 anos de prisão – pena depois reduzida a sete anos sob regime semiaberto e ainda em fase de recurso.
É o seguinte o texto distribuído pela família Copetti:
Nota oficial
Considerando a fatalidade ocorrida nesta tarde de segunda-feira (29) com o Coronel da reserva Waldir Copetti Neves, bem como a reprodução por meios de comunicação de reportagens antigas envolvendo o nome do Coronel, prestou durante sua carreira relevantes serviços ao Estado do Paraná destacando-se os seguintes feitos:
a) 03 (três) cursos de formação superior, a saber: i) Curso de Formação de Oficiais pela academia militar; ii) Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Ponta Grossa; iii) Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC;
b) Concluiu inúmeros cursos de especialização, inclusive alguns fora do Brasil (FBI);
c) É autor de várias monografias, sendo que uma delas (técnicas de combate ao crime organizado) foi utilizada para o aperfeiçoamento da segurança pública no Paraná e em outros Estados;
c) Foi Comandante e Chefe do Estado Maior da PMPR;
d) Integrou comunidade de informações no Brasil por mais de 20 anos;
e) Foi chefe do Serviço de Inteligência do Estado do Paraná, nos anos de 1992 a 1994;
f) Recebeu menção honrosa da Assembleia Legislativa do Paraná e da Câmara Municipal de Curitiba, por ter se destacado na área de Segurança Pública nos anos de 1997 e 1998;
g) Possui honraria militar com as medalhas de bronze, prata e ouro, por 10, 20 e 30 anos, sem censura funcional alguma em toda sua carreira;
h) Ostenta medalha de mérito policial por inovação relevante, qual seja: criação de técnicas de combate ao crime organizado;
i) Foi membro do Estado do Paraná no Mercosul – Área de Segurança, nos anos de 1998 e 1999;
j) Foi convidado como palestrante em vários Congressos em Estados Brasileiros sobre Segurança Pública.
No que se refere ao seu envolvimento em processo criminal, informa-se que diferentemente do que vem sendo noticiado, o Coronel Waldir Copetti Neves foi condenado a pena privativa de liberdade de 7 anos, 4 meses e vinte e cinco dias a regime semiaberto, tendo sido absolvido do delito previsto no artigo 12 da Lei 6.368/76 e encontrando-se o processo penal em fase de recurso.
Referido processo trata-se de suposições de que Neves seria membro de uma milícia que buscava associar-se com o fim de reprimir ações do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST.