Família Barros: o poder da caneta e a fidelidade

(por Ruth Bolognese) – Era previsto e está acontecendo: com o governo da família Barros em andamento o Paraná se torna um território que poderia ser chamado de “Maringá e a grande Maringá”. Até agora, Sanepar, comando da PM, secretaria de Desenvolvimento Urbano, Casa Civil, secretaria da Saúde e chefia de gabinete são ocupados por maringaenses ou por pessoas que iniciaram suas carreiras em Maringá ou mesmo se aliaram aos Barros desde sempre. Outros virão.

O ex-ministro da Saúde e agora deputado Ricardo Barros nunca escondeu de ninguém que cumpre acordos políticos ao pé da letra e protege os seus, a começar pela mulher, Cida, a filha Maria Victória e o irmão Silvio. E ocupa espaços públicos com a indicação de nomes que se uniram à família há muitos anos, colaboraram e participaram das campanhas eleitorais.

O novo secretário da Saúde, Antonio Carlos Figueiredo Nardi, por exemplo, foi secretário de Saúde de Maringá, secretário executivo do Ministério da Saúde no Ministério e agora está em Curitiba.

É um procedimento padrão na política brasileira onde o efetivo controle dos órgãos administrativos e cargos públicos importantes é prioritário, em detrimento do conhecimento técnico ou a experiência na área. Às vezes, muito raramente, as duas coisas se juntam, mas no geral é a indicação do interesse que prevalece.

E para não perder o controle dos cargos em comissão, a governadora Cida Borghetti manteve a estrutura do gabinete da vice-governadoria, com todos os custos, cargos e encargos. Mais gente de plantão para defender e trabalhar para a família Barros.

Porque é o poder da caneta que dá acesso ao controle da máquina pública e mantém intacta a fidelidade de todos os comissionados. Assim é.

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