Falta pouco para Centrão decidir entre Alckmin e Ciro

Na noite desta quarta-feira (18), caciques dos partidos do centrão participaram de um jantar na casa do senador Ciro Nogueira, presidente do PP. Estiveram no encontro Valdemar Costa Neto (PR), Paulinho da Força (SD), ACM Neto (DEM) e Marcos Pereira (PRB).

Ao fim do encontro, apesar da indefinição sobre o nome a ser apoiado, havia uma unanimidade: o grupo vai caminhar junto. Costa Neto disse que vai acompanhar o bloco. Os colegas confirmaram, segundo informa a Folha de S. Paulo.

“É impossível haver divisão. Eu me comprometi que se eu for vencido, vou acompanhar a maioria. Isso já está definido”, disse Ciro Nogueira.

Seja qual for o escolhido, participantes do encontro afirmam que o candidato a vice na chapa já está decidido. O posto deve ficar com Josué Alencar (PR), filho de José Alencar, vice-presidente durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Mesmo que os presidentes dos partidos decidam o apoio na reunião com Maia, o anúncio oficial não deve ser feito no mesmo dia. Participantes do jantar acreditam que isso só será possível na próxima semana, após consultas aos membros de cada partido.

Ciro conta com a simpatia do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e dos presidentes do Solidariedade, Paulinho da Força, e do PP, Ciro Nogueira. Já os presidentes do DEM, ACM Neto, e do PRB, Marcos Pereira, tinham preferência pelo tucano.

Mesmo que Ciro conquiste o apoio do blocão, o grupo pode não ir à convenção dele, na sexta-feira (20), e só formalizar o apoio na semana que vem. As legendas querem tempo para validar a decisão com suas bases.

DEM, PP, SD e PRB vêm conversando desde maio para, em bloco, terem mais força para barganhar espaço na campanha presidencial.

Além da vice-presidência para o grupo, o DEM já havia recebido tanto de Ciro como de Alckmin a sinalização de apoio à recondução de Maia à presidência da Câmara.

Dono de preciosos 45 segundos de tempo de TV no horário eleitoral, o PR vinha sendo alvo de assédio do blocão há vários dias, mas esbarrava no namoro do partido com a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL).

Costa Neto esperava eleger um grande número de deputados federais de carona na popularidade de Bolsonaro.

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