A estrada que não chegou a lugar nenhum

Você se lembra que o governo Beto Richa defendeu a construção de uma rodovia ligando o Porto de Paranaguá ao de Antonina? A estrada exigiria a construção de um longo trecho sobre pilotis para não afetar as regiões de mangue e de Mata Atlântica – áreas de preservação ambiental.

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) achou o estudo uma maravilha e pôs o carimbo de aprovação. A justificativa parecia nobre: com a nova rodovia,  poderia ser evitado o trânsito de caminhões pesados que se dirigem ao Porto de Antonina passando por dentro (e danificando seriamente) da área urbana histórica Morretes.

A historinha não colou. Entidades ambientais entraram na justiça contra a execução da obra e o TRF4 acaba de sentenciar, nesta quarta-feira, a proibição de qualquer intervenção que interfira no equilíbrio ambiental da região de Mata Atlântica. A decisão do TRF foi tomada em razão de um recurso do IAP, que insistia em defender a obra.

Um detalhe: o estudo de engenharia para a construção da rodovia, concluído em 2016, foi patrocinado pelo terminal privado da Ponta do Félix, que opera no assoreado Porto de Antonina. O terminal seria o principal beneficiário com a rodovia.

1 COMENTÁRIO

  1. Nada contra o desenvolvimento do nosso litoral pelo contrário tudo a favor, com um litoral desenvolvido economizamos em viagens de helicóptero para floripa e camboriu…

    Mas mto estranho essa afobação em aprovar a licença prévia de uma estrada que vai beneficiar diretamente uma empresa cujo presidente foi preso por que mesmo??
    “A investigação inicialmente se fechou no pagamento do mensalinho do ex-prefeito, mas, além disso, se descobriu depois um método de corrupção para aprovar medidas que beneficiavam os portos como a criação de leis que liberavam a passagem de caminhões de grande porte, doações de terrenos públicos para empresas ligadas ao grupo e o impedimento da criação do Conselho Municipal do Meio Ambiente”, disse Batisti.

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