Entidades pedem intervenção federal nos órgãos ambientais do Paraná

Um dia antes de o governador Beto Richa deixar o cargo para concorrer o Senado, 40 instituições conservacionistas pedem intervenção federal nos órgãos ambientais do governo estadual em razão de dezenas de ilegalidades cometidas contra o patrimônio natural paranaense. Os abusos constantes do pedido de intervenção seriam “apenas uma fração das inúmeras ilicitudes cometidas durante quase uma década em que a gestão atual se manteve no poder”.

As entidades defendem que a intervenção federal seja cumprida pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) na secretaria estadual do Meio Ambiente, IAP, Instituto de Águas e Instituto de Terras, Cartografia e Geologia do Estado (ITCG).

Durante esta quinta-feira (5), representantes das organizações signatárias vão protocolar o pedido no Ministério Público do Paraná, Polícia Federal, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Advocacia Geral da União, IBAMA e no Palácio Iguaçu, sede do Governo.

Outras 20 entidades também vão receber documento contendo as justificativas para o pedido de intervenção, entre elas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR), o Ministério Público Federal (MPF), o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Organismos como Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial, também vão ser comunicados das ilegalidades cometidas.

Para Clóvis Borges, diretor da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), uma das entidades que assinam o pedido de intervenção, mudanças emergenciais são necessárias para reverter o cenário de agressão contra a biodiversidade no Estado. Ele afirma que a atual gestão “passou de todos os limites em relação ao não cumprimento de suas funções, preferindo dar atenção ao atendimento lascivo a favores políticos atrelados a setores privados”.

O vice-presidente do Observatório de Justiça e Conservação, Aristides Athayde, informa que o documento revela que a fragilização das estruturas estaduais paranaenses ocorreu de modo premeditado. Ele também representa um alerta para o futuro gestor que assumir o governo do Paraná. “A agressão contra a natureza cometida nessa última gestão, por meio da facilitação de ilegalidades e submissão do poder público às vontades de associações de classe empresariais, como a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), por exemplo, é sem precedente e inadmissível”, defende.

 

 

2 COMENTÁRIOS

  1. O que esperar de um órgão que em toda sua existência nunca teve concurso público?
    além de ser lerdo, emite umas licenças ambientais que qualquer outro órgão ambiental não autorizaria

  2. De autarquia referência ambiental nacional, nos idos do governador José Richa, a entidade subserviente a interesses escusos, vezeira de coluna policial, nos estertores do desgoverno de Beto Richa.

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