O ex-secretário Pepe Richa, irmão de Beto, não esperou nem 24 horas para abrir a fila de políticos encrencados na justiça comum e pedir que os processos em que figuram como réus ou investigados sejam remetidos para a Justiça Eleitoral – de conformidade com a decisão do STF que, na quinta-feira (14), estabeleceu que crimes comuns relacionados a caixa 2 são de competência de juízes eleitorais.
Nesta sexta-feira (15), a defesa de Pepe entrou com petição na 23.ª Vara Criminal da Justiça Federal para requerer ao juiz Paulo Sergio Ribeiro que remeta a ação penal decorrente da Operação Integração para a Justiça Eleitoral. Ex-secretário de Infraestrutura e Logística, Pepe é acusado de receber dinheiro das concessionárias de pedágio supostamente para financiar campanhas eleitorais do núcleo político chefiado pelo ex-governador Beto Richa.
Pepe é um dos 33 réus desta ação penal aberta a partir de investigações do Ministério Público Federal. Milhões de reais foram pagos pelas pedageiras para políticos e servidores públicos que tinham poder para influir ou decidir para o aumento das tarifas ou para a suprimir obras nas rodovias administradas por elas no Anel de Integração.
Com base nos termos da denúncia apresentada pelo MPF à Justiça Federal, que caracterizam o cometimento de crimes de caixa 2, os advogados de Pepe Richa, do escritório Faucz Santos, e tendo em vista a decisão tomada na véspera pelo STF, deram entrada no requerimento para que os autos sejam imediatamente remetidos ao Tribunal Regional Eleitoral.
Se o juiz Luiz Antonio Bonat acatar o requerimento de Pepe, os demais réus da Operação Integração serão igualmente beneficiados, dentre os quais o ex-governador Beto Richa.
O passo seguinte da defesa será o de pedir a nulidade de todos os atos praticados pelo MPF e das decisões já tomadas pela Justiça Federal no trâmite do processo.
Inacreditável assistir o STF agindo como tal, visto que a lava jato é modelo para o mundo, muitos juízes espelhavam no Juiz Sergio Moro…resgatando o alcance da justiça para todos. No entanto, supremo tem a supremacia, embora 6 a 5 é um placar apertado. Infelizmente, não apareceu ninguém das forças armadas para opinar, pois, vemos a maior operação de combate ao crime organizada (lava jato) ser levada a nocaute… Crime é crime não importa quem julgue, tentar disfarçar como eleitoral e, amenizar sanções, é institucionalizar a impunidade uma vez por todas.
Ladrão é ladrão na justiça eleitoral ou na comum. O Zé Richa deve estar vomitando de nojo dos filhos
Brasil único país do mundo que justiça tem diferenciação, ainda que os atos praticados são penalizados. Enfim, a justiça abriu um caminho para o jeitinho brasileiro, amenizar os efeitos da lei, considerando como crime eleitoral, cuja pena é um escárnio. Portanto, vivemos em um país que não é sério, quando os efeitos da lei pesam sobre oligarquias, independente do crime praticado. Que país é este?
São tucanos e as ações contra eles vão prescrever, seja qual for o tribunal definido.
O simples fato de quererem a justiça eleitoral já é confissão de que são criminosos; aliás, só seguir o dinheiro.
Mas ele não foi “eleito”. O cargo de secretário não é disputado em eleição. Penso que cabe desmembramento do processo, se for o caso.