Dois assuntos que podem “fechar o tempo” para Beto Richa

Nota publicada domingo pelo jornalista Lauro Jardim, de O Globo, que reproduzimos aqui, dizia que “beto Richa está na mira” e que “o tempo está fechando para o ex-governador Beto Richa. Apesar do disputada da final da Copa do Mundo, em que a França bateu a Croácia por 4 a 2 e sagrou-se campeã, muita gente preferiu usar o tempo de sobra para especular sobre o aviso do bem informado colunista.

Há quem aposte em desdobramentos na Operação Superagui – aquela em que Richa, mediante decreto, retirou a proteção ambiental que pesava sobre um área defronte à fábrica da Renaut, na BR-277, onde foram edificados grandes armazéns que servem à logística da indústria. A área foi comprada a preço de banana pelo prefeito de Quatro Barras, beneficiado logo em seguida pelo decreto que extinguiu a limitação ambiental, de modo a decuplicar o valor da área em seguida vendida para um grupo de São Paulo que fez contrato de aluguel com a Renault para uso das estruturas que construiu no local.

Outro caso, também apontado nas especulações, diz respeito à Faixa de Infraestrura, também na BR-277, a poucos quilômetros do Porto de Paranaguá. Para a construção de um grande estacionamento de caminhões, teriam sido devastados 23 hectares de Mata Atlântica que deveriam permanecer intocáveis.

No dois casos, houve participação do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que concedeu as licenças supostamente sob influência de amigos do governador, dentre eles Jorge Atherino, titular do empreendimento na Faixa de Fronteira e, supostamente, sócio da de uma empresa da família Richa, cujo nome remete às iniciais do casal e dos três filhos (BFMAR). Atherino é o mesmo que confessou que pagava mesadas para “ajudar” o amigo comum Maurício Fanini, pivô do escândalo Quatro Negro.

Pode ser estes dois casos conhecidos, pode ser algo novo sobre o qual ainda nada se saiba.

2 COMENTÁRIOS

  1. Em inicial, cabe-nos deferência ao d. Jornalista pela coragem e compromisso com a coisa pública.

    Observe, d. Jornalista, que num primeiro momento o essencial é invisível aos olhos.

    Além dos dois tópicos (infraestrutura e loteamentos) aduzidos por vossa senhoria, elenco outros a título de sugestão:

    Postos de combustíveis;
    Corte de árvores nativas;
    Manejo de florestas;
    Multas;
    Regularizações;
    Fiscalização ou não fiscalização;
    Poluentes de indústrias;
    Poluentes de ônibus;
    Etc.

    Este veículo de informação possui pedigree porque é formado por pessoas com a mente preparada.

    Associem as expressões abaixo e sigam o faro jornalístico que lhes é aguçado.

    Máquina de guerra.
    Arrecadação.
    Distribuição de cargos.
    Compromissos políticos.
    Loteamento de diretorias.
    Padrinho de diretor(es).
    Qual parlamentar comanda qual área?

    Outra pergunta interessante: se, em tese, havia enorme insatisfação com o ex-presidente do IAP, por que ele não foi substituído enquanto Richa governou?

    Claro, nem Jesus Cristo foi unânime.
    Teoricamente, é possível afirmar que uma pesquisa de opinião, sobre a gestão IAP de jan/2012 até abr/2018, feita com membros do setor produtivo poderia ter como resultado o seguinte, hipoteticamente:

    1. #*@(#&+/;@; (censurado) (censurado novamente): 92% dos votos válidos.
    2. Estou satisfeito: 5% dos votos válidos.
    3. Não sabe / não respondeu / tela azul: 3% dos votos válidos.

    De sorte que o terror acabou.
    Graças a Deus!

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