A disputa pelo Senado no Paraná virou um verdadeiro jogo do xadrez político. Nada do que está definido hoje é certeza de que será verdade no dia 5 de agosto, prazo final para a realização das convenções e da entrega das atas das candidaturas. Pois bem, quem nada de braçadas rumo à eleição é o ex-juiz Sergio Moro, do União Brasil. Os demais tentam dar um jeito de alavancar suas candidaturas. Até mesmo o atual senador Alvaro Dias (Podemos), que pode sair candidato ao governo para não bater de frente com Sergio Moro e possivelmente ser derrotado.
Tudo passa pela busca de apoio do governador Ratinho Junior, que não se compromete com ninguém, não diz nem sim, nem não. O único que levou um “não” pela proa foi Alvaro Dias, que queria o apoio explícito do governador e ficou sem ele. Alvaro diz que Ratinho Junior apoiou os candidatos do Podemos em 2018, Oriovisto Guimarães e Flavio Arns e que agora ele quer este apoio também. Mas já sabe que não o terá. Ratinho tem compromisso de apoiar e dar palanque a Jair Bolsonaro aqui no Paraná. Com isso, apoiaria Paulo Eduardo Martins (PL) na disputa pela única vaga no Senado nas eleições deste ano. Mas também pode não ser isso. Orlando Pessuti é um nome forte na política paranaense, que surpreende pela baixa aceitação pública nas pesquisas de intenção de voto para o Senado, mas não é um nome a ser inteiramente descartado porque pode crescer ainda. Diante deste desespero geral em busca do apoio de Ratinho Junior, já há quem diga que a candidatura de Guto Silva (PP) “subiu no telhado”. O blog do Israel Reinstein afirma que já há um movimento no Palácio Iguaçu trabalhando para que Guto Silva volte ao governo e desista da disputa pelo Senado. Todos os envolvidos negam solenemente.
A verdade é que há muita água a passar por baixo desta ponte até o dia 5 de agosto. Muita coisa ainda pode mudar até lá.