Deputado se espanta com negócio da Brahma

O deputado Maurício Requião (MDB) se enquietou com a notícia que leu com exclusividade no Contraponto (embora não tenha citado o site) segundo a qual o governo do estado aceitou receber da Ambev por R$ 104 milhões o quarteirão da antiga fábrica da Brahma, no bairro Rebouças, em Curitiba.

O imóvel foi cedido pela cervejaria como parte do contrato que firmou em 2012 com o governo estadual para ser incluída nos benefícios fiscais proporcionados pelo programa Paraná Competitivo, um incentivo para a construção da nova unidade industrial que instalou em Ponta Grossa.

Desde então o contrato era mantido em segredo, mas veio a público quando a Justiça mandou levantar o sigilo para poder julgar o caso do despejo do Bar Brahma, uma empresa da família Leprevost com a qual a multinacional brasileira mantém parceria com validade até 2027 (leia sobre o caso aqui).

O parlamentar lembrou que um quarteirão que era ocupado pela fábrica do Matte Leão, vizinho à antiga Brahma, foi vendido um ano depois à igreja Universal por R$ 13 milhões – uma disparidade em relação ao valor recebido pelo governo estadual pelo outro imóvel, embora de tamanho maior. Requião Filho atribuiu isto a mais um caso de superfaturamento.

 

6 COMENTÁRIOS

  1. “Igreja Universal inicia demolição da Matte Leão
    quinta-feira, 7 de Abril de 2011 – 16:45 hs. Deixe um comentário.

    Já começou a demolição da sede histórica da Matte Leão S.A, no bairro Rebouças, em Curitiba. O terreno de 16,3 mil metros quadrados foi comprado pela Igreja Universal do Reino de Deus, no início de 2010, por cerca de R$ 32 milhões. No local será construída uma nova Catedral da Fé – a exemplo da erguida pela instituição na Avenida Sete de Setembro. A Universal pagou R$ 7 milhões a mais do que o avaliado para ficar com o terreno e com o poder de demolir a fábrica”. Fonte: http://www.fabiocampana.com.br/2011/04/universal-inicia-demolicao-da-matte-leao/

  2. Quem fiscaliza os atos do governo deve ser a Assembleia… então como é que fica?
    Se aquerla casa não cumpre com o disposto na constituição, então caberia inicialmente uma denúncia ao Tribunal de Contas que é orgão auxiliar da Assembleia para analisar os caso.
    Também o MP. poderia , se quiser, abrir uma investigação para verificar se houve um superfaturamento ou um excesso de valor por conta dos incentivos fiscais para a AMBEV.
    Mas…. mas do jeitão que a coisa anda isso vai cair nos esquecimento e tudo fica como está… em segredo.

  3. Ocorre que aqui no Paraná temos a “intervenção do compadrio” entre os poderes públicos, então, nada se apurará, embora os fatores vindos à tona sejam altamente suspeitos ao produto usufruído em face do interesse público.

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