Demissões no serviço público e o fim dos casamentos

(por Ruth Bolognese) – Os motivos alegados pelo governador Beto Richa para demitir Wagner Mesquita, da Segurança, uma das áreas mais importantes e mais complexas de qualquer governo, parecem brincadeira de criança. Pior, sugere que tudo é tão normal, tão óbvio, e que as partes estão de tão pleno acordo que a gente se pergunta: “por que demitiu? Demitiu por quê?”

Ora, até o deputado Luiz Claúdio Romanelli está careca de saber que Mesquita saiu porque ele e o comandante da PM, coronel Maurício Tortato, entraram numa rota de colisão sem retorno. O resto foi fritura suficiente para frigir o pastel de todas as feiras de Curitiba por uns bons 10 anos.

O Palácio Iguaçu, se contorcendo mais do que Rainha da Bateria nesse pré-Carnaval, explicou que há necessidade de uma sintonia fina entre a Polícia Civil e a Polícia Militar. E mais, que o próprio Wagner Mesquita, delegado da Polícia Federal, entendeu tudo e volta para o ninho feliz da vida e realizado. Só não está saltitando porque não pegaria bem para a imagem da PF.

Até parece divórcio de celebridades: o casal jura que o amor acabou para ambos, ao mesmo tempo, que vão ser grandes amigos pelo bem dos filhos, etc. etc. Por baixo dos panos, rolou a maior baixaria, com um espatifando a louça, o outro xingando a mãe, e os dois querendo arrancar o couro um do outro. E assim vão seguir até a primeira audiência na Justiça. Aí entram os advogados e tudo fica muito pior.

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