Definição da data-base mostra que há servidores mais iguais

No princípio, era o verbo: a Assembleia Legislativa dizia que enquanto o Executivo e seus servidores não entrassem num acordo sobre a data-base, os projetos de reposição salarial dos outros Poderes (Judiciário, Ministério Público, Defensoria e da própria Assembleia) não seriam pautados. Seria injusto tratar os servidores como se fossem separados em castas, como se alguns fossem mais iguais que outros.

O Poder Executivo travou uma quebra de braços com os seus e acabou por vencer a parada: deu reajuste de 5,08%, mas dividiu sua implantação na folha em prestações que vão vencer só em 2022 – e assim mesmo se a arrecadação ajudar.

A Assembleia aprovou a proposta do governo nesta segunda-feira (26) e enviou a lei para ser sancionada pelo governador Ratinho Jr. Os funcionários do Executivo, apesar da força numérica e de influência (professores, policiais, da saúde etc.), engoliram em seco a oferta, suspenderam as manifestações e a greve. E não se fala mais nisso.

Já os servidores do Judiciário e das outras instituições foram mais hábeis. Negociaram com a Assembleia e obtiveram a garantia de que os respectivos projetos de data-base não tramitariam junto com o do Executivo.

O combinado foi cumprido: na terça (27) a Assembleia anunciou a aprovação do seu próprio projeto de reposição, de forma bem mais satisfatória: 4,94% de uma só vez, sem parcelamento, e retroativo a maio passado.

Como o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e a Defensoria encaminharam projetos idênticos ao da Assembleia, já não existem mais dúvidas de que nestas três instituições os servidores terão o mesmo tratamento. E que são, de fato, mais iguais do que os colegas do Executivo.

1 COMENTÁRIO

  1. Nós, funcionários da ativa ou não, somos tratados merda pelos poderes. Bando de sacanas. Vamos ficar quietos de novo? Sindicatos onde se meteram?

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