Datafolha: Bolsonaro, 56%; Haddad, 44%. A diferença se estreita

A distância entre os candidatos a presidente Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) caiu de 18 para 12 pontos em uma semana, aponta pesquisa do Datafolha publicada há pouco na Folha de S.Paulo.

A três dias do segundo turno, o deputado tem 56% dos votos válidos, contra 44% do ex-prefeito de São Paulo. No levantamento passado, apurado em 17 e 18 de outubro, a diferença era de 59% a 41%.

O Datafolha entrevistou 9.173 eleitores em 341 cidades no levantamento, encomendado pela Folha e pela TV Globo e realizado na quarta (24) e na quinta (25), a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

O resultado é a mais expressiva mudança na curva das intenções de voto no segundo turno até aqui, e reflete um período de exposição negativa para o deputado do PSL.

No período, emergiu o caso do WhatsApp, revelado em reportagem da Folha que mostrou como empresários compraram pacotes de impulsionamento de mensagens contra o PT pelo aplicativo. A Justiça Eleitoral e a Polícia Federal abriram investigações.

No domingo (21), viralizou o vídeo da palestra de um de seus filhos, o deputado reeleito Eduardo (PSL-SP), em que ele sugere que basta “um soldado e um cabo” para fechar o Supremo Tribunal Federal em caso de contestação de uma vitória de seu pai.

A fala foi amplamente condenada, inclusive por integrantes do Supremo, obrigando Bolsonaro a se desculpar com a corte. No mesmo domingo, o candidato fez um discurso via internet para apoiadores em São Paulo cheio de elementos polêmicos: sugeriu, por exemplo, que os “vermelhos” poderiam ser presos ou exilados, e disse que Haddad deveria ir para a cadeia.

Em votos totais, Bolsonaro tem 48%, ante 38% de Haddad e 6% de indecisos. Há 8% de eleitores que declaram que irão votar branco ou nulo. Desses, 22% afirmam que podem mudar de ideia até o dia da eleição.

2 COMENTÁRIOS

  1. Força, contraPonTo. O leitor se reserva ao direito de não concordar com a tendenciosidade manifestadamente escancarada no blogue. Fator, aliás, de perda de credibilidade, o que está acontecendo inclusive, com veículos muito mais poderosos como certas emissoras de tevê, jornais como a Folha de São Paulo. Seguinte: Mesmo correto o resultado da pesquisa da Folha – no qual nem e principalmente os seus donos acreditam, Bolsonaro precisa perder mais de dois milhões de votos a cada dia dos três que nos separam da eleição. Haddad agora suplica pelo apoio do Ciro Gomes, irmão do Cid, aquele que bradou: “Perderam, babacas. Lula está preso”. Mesmo que todos os 13.344.366 votos do Ciro, se somassem aos dos outros três candidatos derrotados no primeiro turno, Marina com 1.069.577; Boulos com os seus 617.122 e Eymael, mais 41.710, ainda faltariam 2.862.210 votos para se igualarem à votação do vencedor do primeiro turno. Mas, uma das máximas mais antigas da política reza que prestígio não se transfere. Já ouvi de eleitor meu, quando candidato lá na minha Santa Isabel do Ivai: “Olha, Parrerinha, voto em você todas as vezes que você se candidatar. Mas não me peça votos para outros candidatos”.

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