Nesta sexta-feira (7), o Hospital de Clínicas(HC), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), inicia os testes com a vacina chinesa CoronaVac, farmacêutica Sinovac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. Cerca de 800 voluntários estão inscritos no HC.
A vacina é aplicada em duas doses, com intervalo de 14 dias. Caso seja comprovado o sucesso da vacina, ela começará a ser produzida pelo Instituto Butantan. No HC,a pesquisa é liderada pela médica infectologista Sônia Raboni.
Nessa quarta-feira (5), as vacinas começaram a ser aplicadas em profissionais da saúde na Universidade de Brasília (UnB) e, nesta quinta (6), no Hospital das Clínicas na Unicamp, em Campinas (SP). Na sexta, além do HC, os testes também serão iniciados na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP). No sábado (8), será vez do Hospital São Lucas, da PUC do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
Os testes com a CoronaVac são realizados em nove mil voluntários em 12 centros de pesquisas. Apenas profissionais da saúde que ainda não tiveram a doença e que atuam com pacientes com a covid-19 podem participar dos testes. Para atender aos critérios, esses profissionais da saúde não podem ter outras doenças e nem estar em fase de testes para outras vacinas. As voluntárias mulheres também não podem estar grávidas.
A CoronaVac é uma das vacinas contra o novo coronavírus (covid-19) em fase mais adiantada de testes. Ela já está na terceira etapa, chamada clínica, de testagem em humanos. O laboratório chinês já realizou testes do produto em cerca de mil voluntários na China, nas fases 1 e 2. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra as proteínas do vírus.
A vacina é inativada, ou seja, contém apenas fragmentos do vírus inativos. Com a aplicação da dose, o sistema imunológico passaria a produzir anticorpos contra o agente causador da covid-19. No teste, metade das pessoas recebem a vacina e metade, placebo, substância inócua. Os voluntários não sabem que vacina recebem. (Agência Brasil).